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Startup cria forno de 1000°C usando só espelhos, luz solar e inteligência artificial

Publicado: Quarta, 20 de Novembro de 2019, 16h29 | Última atualização em Quarta, 20 de Novembro de 2019, 16h29 | Acessos: 283

É a primeira vez que um equipamento atinge tamanho calor — um quarto da temperatura do Sol — sem combustão ou eletricidade. A técnica pode baixar o impacto da produção de cimento, aço e vidro. 

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19/11/2019

EM VEZ DE USAR PAINÉIS SOLARES PARA CAPTURAR ENERGIA, O SISTEMA DA HELIOGEN USA A ENERGIA SOLAR CONCENTRADA (FOTO: DIVULGAÇÃO) 

Um campo de espelhos e inteligência artificial (IA) foram as “fórmulas” para atingir uma marca recorde em energia solar. A startup Heliogen, que já recebeu investimento de Bill Gates, combinou os dois para refletir raios solares que geraram calor acima de mil graus Celsius – um quarto da temperatura do Sol. A técnica pode ser a solução para substituir o uso de combustíveis fósseis na indústria

A startup criou uma espécie de “forno”. Em vez de usar painéis solares para capturar energia, o sistema usa "energia solar concentrada". O método não é novo, mas é a primeira vez que alguém consegue atingir temperaturas altas o suficiente para produzir cimento e aço, por exemplo. 

"Se você pegar mil espelhos e alinhá-los exatamente em um único ponto, poderá atingir temperaturas extremamente altas", diz Bill Gross, fundador e CEO da Heliogen, à CNN. Segundo Gross, a startup alcançou essa marca no primeiro dia em que ligou sua fábrica. 

inovação foi alcançada graças a IA. A startup usou um software de computação de visão, detecção automática e outras tecnologias sofisticadas para treinar um campo de espelhos para refletir a luz solar em apenas um ponto. 

Com essa técnica, empresas podem reduzir em até 60% o uso de combustíveis fósseis para a produção de cimento, aço, vidro e outros materiais. A mudança pode diminuir significativamente as emissões de poluentes. O cimento, por exemplo, representa 7% da emissão de carbono mundial, de acordo com a Agência Internacional de Energia. "Sua capacidade de atingir as altas temperaturas exigidas para esses processos é um desenvolvimento promissor na busca de um dia substituir o combustível fóssil”, afirma Bill Gates. Mesmo em dias nublados, as indústrias conseguiriam gerar calor pela tecnologia, graças a um sistema de reserva. 

De acordo com a Heliogen, a sua usina está gerando energia suficiente para, um dia, sintetizar hidrogênio em larga escala. A ideia é que o hidrogênio sem emissão de carbono possa ser transformado em combustível para automóveis e aeronaves. "Se você conseguir produzir hidrogênio verde, isso muda o jogo", diz Gross. "A longo prazo, queremos ser a empresa de hidrogênio verde". 

Entretanto, por enquanto, a startup está focada em energia solar. O maior desafio para a Heliogen, no momento, é convencer as empresas a investirem na troca para esse sistema, mais sustentável. Gross disse que anunciará em breve os primeiros clientes.

 

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