Eólica e solar terão crescimento maior que outras fontes
De acordo com PDE 2030, percentual de energias renováveis na matriz energética brasileira atingirá o patamar de 48% em 2030.
Além da Energia
15/02/2021
Imagem da Além da Energia
As fontes eólica, solar, biodiesel e lixívia terão crescimento médio anual de 6,9% a.a , acima dos 2,8% de outras fontes renováveis como hidráulica (2%), carvão vegetal (1%) e cana de açúcar (2%). Dessa forma, o percentual de energias renováveis na matriz energética brasileira atingirá o patamar de 48% em 2030.
Os dados são do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2030 , elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Em dezembro de 2020 foi aberta a consulta pública para aprimoramento do PDE 2030. O período para as contribuições foi encerrado no dia 13 de janeiro.
O documento destaca ainda o crescimento na oferta de gás natural (11% em 2021 para 14% em 2030) e a redução da participação do petróleo e seus derivados na oferta interna total de energia, de 34% em 2021 para 31% em 2030.
Consumo determinante para evolução da oferta interna
A EPE estima que, em 2030, a oferta interna de energia no Brasil atinja, aproximadamente 369 milhões de toneladas equivalentes de petróleo (tep), o que representa um crescimento médio anual de 3%. De acordo com o PDE 2030, a oferta interna de eletricidade evoluirá a uma taxa média de 3,6% a.a., chegando a 2030 estimada em 909 TWh.
O PDE 2030 destaca que o consumo final energético é determinante para a evolução da oferta interna e “apresenta-se, ao final de 2030, em cerca de 309 milhões de tep e com taxa média de crescimento de 2,8% a.a”.
“Na comparação da oferta interna de energia per capita no Brasil com a média mundial e seus principais países, demonstra-se um grande desafio de elevar a disponibilidade de energia por habitante no País”, diz o documento.
A EPE estima um aumento de 1,35 tep/hab, em 2021, para 1,64 tep/hab, em 2030, ainda inferior à média mundial de 1,88 tep/hab, em 2018.
Plano observa incertezas da retomada da economia devido à pandemia da Covid-19
A preparação do PDE 2030 foi iniciada em março de 2020 e concluída em dezembro de 2020, tendo buscado explorar ainda mais as incertezas da retomada da economia devido á pandemia da Covid-19, assim como seus reflexos no planejamento.
Em outubro, em entrevista exclusiva ao Além da Energia, Thiago Barral, presidente da EPE, afirmou que o PNE, embora tenha nome de plano, pelas características do setor de energia e as incertezas atuais e as complexidades das questões envolvidas, tem muito mais cara de estratégia para o setor.
“Quando a gente olha para o horizonte, não tem como acertar o futuro. A gente tem como identificar as possibilidades para nortear as decisões, de forma que a gente não aposte em um determinado cenário que não se realize e tenha arrependimentos muito grandes, o que pode gerar, uma frustração muito grande no futuro”, disse.
Energia solar
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