Ir direto para menu de acessibilidade.
Página inicial > A questão Energética > Energia eólica em casa - como produzir e quanto custa a instalação
Início do conteúdo da página

Energia eólica em casa - como produzir e quanto custa a instalação

Publicado: Quarta, 13 de Outubro de 2021, 13h45 | Última atualização em Quarta, 13 de Outubro de 2021, 13h45 | Acessos: 170

No Ceará, há 27 mini usinas distribuídas em oito municípios diferentes, que abastecem 90 unidades.

 Lívia Carvalho

30/09/2021

Legenda: Mini usinas são instaladas em áreas residenciais

Foto: Divulgação/Enersud

Com um mercado ainda incipiente em todo o Brasil, o uso de mini aerogeradores para Geração Distribuída de energia ainda não é tão conhecido. A produção de energia eólica em casa tem um funcionamento igual ao de grandes parques eólicos, no entanto, com um tamanho reduzido.  

A tecnologia pode ganhar novos adeptos, assim como acontece com a energia solar, com o custo alto da energia elétrica em todo o País, consequência da crise hídrica e do uso das termelétricas.  

 Ceará lidera discussões para regulamentação da energia eólica offshore

 Nordeste deve garantir energia para o Sul em meio à crise hídrica

 Com alta da energia, procura por painéis solares no Ceará dispara em 2021

De acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) fornecidos pelo Sindicato das Indústrias de Energia e de Serviços do Setor Elétrico no Ceará (Sindienergia-CE), de 2008 a 2021 o Ceará conta com 27 mini usinas em oito municípios, as quais abastecem 90 unidades, já que uma usina pode fornecer energia para mais de uma residência. 

COMO FUNCIONA 

O coordenador do curso de Engenharia Elétrica da Universidade Federal do Ceará (UFC), Raphael Amaral, explica que o funcionamento é bem semelhante aos aerogeradores de grande porte.

“A diferença é que tem que ser adaptado ao perímetro urbano, por isso não são tão difundidas quanto a energia solar”.  

Raphael Amaral

professor de Engenharia Elétrica da UFC

“Funcionam da mesma maneira e tem os mesmos componentes. Tem um sistema de pás que absorve a energia dos ventos, transforma em movimento e aciona um gerador que disponibiliza energia elétrica de diferentes maneiras para a unidade”, acrescenta o engenheiro mecânico Luiz César Sampaio. 

Para que o sistema funcione, é necessário que seja usada alguma tecnologia capaz de transformar a energia captada de modo a ser utilizada como elétrica, conforme explica Sampaio, também diretor e fundador da Enersud, empresa que atua com aparelhos de geração distribuída para residências.  

“Uma dessas formas é pegar a energia e passar para um dispositivo chamado inversor, que vai transformar essa energia. Isso vale tanto para os pequenos sistemas quanto para os grandes. Com essa tecnologia é possível injetar na rede da sua casa e mesmo exportar para a rua”.  

Há também um sistema mais tradicional, conhecido como off grid. Neste, são usados acumuladores, ou seja, baterias que armazenam a energia na hora em que o vento está mais forte. A energia é “guardada” na bateria e ela, por meio de um outro tipo de inversor, faz a transformação para ser utilizada.  

"Essa energia gerada a partir da bateria normalmente não pode ser injetada na rede, tem que ser usada isolada, então é muito boa pra casas isoladas, sistemas isolados. Tem propriedades que faltam luz com frequência e, neste sistema eólico, você pega a energia gerada pela turbina, guarda na bateria e no momento que precisar ela tá lá disponível”, aponta Sampaio.   

Outra opção é usar apenas a turbina e, com dispositivos eletrônicos que custam menos de R$ 10, alimentar direto postos de iluminação e redes. “Você pega a energia direto da turbina e distribui para determinados usos, porém, a condição é que tenha um vem bem constante, além disso, a aplicação é mais simples”. 

Legenda: Sistemas são mais indicados para áreas de terrenos

Foto: Divulgação/Enersud 

PARA QUEM É INDICADO 

De acordo com Sampaio, as turbinas eólicas são mais úteis nas aplicações off grid. Contudo, para decidir se é vantajoso, é preciso avaliar as condições ambientais nas quais a residência está instalada, uma vez que é necessária uma boa circulação de ventos para que o sistema seja acionado.  

Por isso, uma recomendação do engenheiro é complementar o sistema eólico com o solar, de modo a garantir um fornecimento completo de energia elétrica a partir de produção por fontes renováveis. 

“O sistema solar sofre muito com a drenagem que ele sofre à noite, quando não tem sol. A eólica, por sua vez, aumenta o tempo de autonomia da energia. Em locais que o vento é muito bom, você pode usar a geração eólica sozinha, já em locais que tem muita nebulosidade, ambas se complementam”.  

Luiz César Sampaio

engenheiro mecânico

O coordenador da Engenharia Elétrica da UFC pontua também que o sistema eólico apresenta algumas inconveniências. “Tem o ruído e o fato de ter uma manutenção mais frequente por conta das partes móveis. É uma opção mais vantajosa para quem tem terrenos grandes”. 

QUANTO CUSTA  

Os custos para a instalação de um sistema eólico variam conforme a potência desejada, que podem ser de 500 W até 6 mil W, com preços de R$ 2,7 mil até R$ 50 mil.   

Fim do conteúdo da página

Nós usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação no portal. Ao utilizar o fundaj.gov.br, você concorda com a política de monitoramento de cookies. Para ter mais informações sobre como isso é feito, acesse Política de privacidade. Se você concorda, clique em ACEITO.