Mexilhões dourados prejudicam geração de energia em usinas hidrelétricas do país
Na usina hidrelétrica de Castilho (SP), máquinas foram projetadas para serem limpas a cada oito anos, mas a limpeza precisa ser feita por pelo menos três vezes ao ano por causa dos moluscos. Pesquisadores estudam como modificar genética do mexilhão.
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Por Fernando Daguano e Thiago Simão, TV TEM
03/12/2018
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Mexilhões dourados causam prejuízo para as usinas hidrelétricas do país — Foto: Reprodução/TV TEM
Os mexilhões dourados têm causado prejuízo para usinas hidrelétricas brasileiras porque entopem instalações, equipamentos e tubulações.
Na usina hidrelétrica de Jupiá, em Castilho (SP), máquinas foram projetadas para serem limpas a cada oito anos, mas com a invasão dos mexilhões, que migraram da Ásia à América em cascos de navios, a limpeza precisa ser feita por pelo menos três vezes ao ano.
"O impacto que ele [mexilhão] causa, a gente fica três dias no ano com uma unidade geradora indisponível para o sistema. Então ele causa um prejuízo na produção de energia”, explica o diretor de operações da CTG Brazil, César Teodoro.
Os custos para processos de manutenção em cada hidrelétrica chegam a R$ 220 mil ao ano e o molusco produz colônias que chegam a agrupar 40 mil mexilhões por metro quadrado, formando uma crosta que cresce rapidamente.
"Isso vai se agrupando e vira uma grande parede, passa a entupir o sistema de resfriamento. E bloqueia toda a água que vai fazer o sistema de resfriamento. É um grande desafio a vencer isso no sistema das usinas”, afirma César.
Equipamentos de usina de Castilho (SP) precisam ser limpos pelo menos três vezes ao ano — Foto: Reprodução/TV TEM
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