Presidente da Eletrobras voltou a defender a privatização da companhia
Canal Energia
16/08/2018
WAGNER FREIRE, DA AGÊNCIA CANALENERGIA, DE SÃO PAULO (SP)
A transferência dos ativos de geração e transmissão estatal para o setor privado é um caminho inevitável na opinião do diretor de operações do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Sinval Gama. “Eu não vejo como não acontecer o inevitável, que seria as empresas de geração e transmissão estatal passar para mão do setor privado”, disse o executivo nesta quinta-feira, 16 de agosto, durante evento em São Paulo promovido pela comercializadora Comerc Energia.
Para ele, não há outra alternativa para o setor elétrico do que transferir essas empresas para o setor privado, para que essas empresas se tornem mais eficientes e entreguem serviços com mais qualidade para a sociedade. “Estou completamente entendido que esgotou o papel do estado. Se não tiver, essas empresas serão extintas naturalmente”, disse Gama, que foi interventor na Cemar (MA), nas empresas do grupo Rede Energia e também geriu a Celg-D no processo de venda concessionária estatal goiana para o setor privado.
Também presente no evento, o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr, criticou as ineficiências das empresas estatais e voltou a defender a privatização da companhia. Disse que é preciso ter coragem para fazer esse enfrentamento e quem é contra a privatização da Eletrobras “é tudo menos para o bem da população e das instituições”.
LIMINAR
Ferreira disse que foi informado da liminar do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro que suspendeu o leilão das distribuidoras do Norte e Nordeste, marcado para 30 de agosto. Ele informou que o departamento jurídico da Eletrobras está cuidando do tema.
COMENTÁRIOSJosé Do Patrocínio Tomaz Albuquerque - Hidrogeólogo e Consultor
Não se privatiza geração de energia. O que se privatiza é o meio que a produz. No caso da Eletrobras, incluindo a CHESF, principalmente, a água e sua vazão usada na geração. Vão ampliar os conflitos de usos dos recursos hídricos e aumentar o preço do quilowatt/hora. E a classe média é quem pagará tudo. Indústria, comércio, agronegócio, etc, repassarão os custos adicionais, inclusive o consumo doméstico dos pobres (já anunciado) e os gatos. Quem viver, verá. Eu não vi, aqui na Paraíba, melhora no serviço de distribuição que está sob administração de empresa privada!
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