https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/economia/2018/08/08/internas_economia,699610/entenda-por-que-conta-de-luz-deve-ficar-mais-cara-devido-a-aneel.shtml
http://www.suassuna.net.br/2018/06/gestaoestrategica-dos-recursos-hidricos.html
http://www.suassuna.net.br/2018/08/uso-de-fonte-eolica-garantira-nivel.html

Nas questões da geração de energia, o principal problema do Brasil é o de que sua matriz energética é calcada, prioritariamente, na geração hidrelétrica. Portanto, o fator “água” tem papel fundamental nesse processo. Essa foi, inclusive, uma das principais razões levadas em consideração para me posicionar, de forma contrária, ao projeto da Transposição do Rio São Francisco. Através da dependência da meteorologia (precipitações) do Alto e Médio cursos do Rio São Francisco, o complexo de Paulo Afonso (principal fonte geradora de energia da Chesf), vive, igualmente, o mesmo drama existente nas hidrelétricas do Sudeste: seus reservatórios operam com suas capacidades em situação crítica. Iniciei as minhas análises, contrárias ao projeto, em meados dos anos 90 do século passado. Essa situação de falta de água, frequentemente volta à baila, tendo sido agravada, nos dias atuais, não só pelas consequências diretas do longo período de secas havido (2012-2017), mas, e principalmente, pela inexistência de uma política coerente de uso dos recursos hídricos regionais, notadamente das águas de subsolo dos principais aquíferos do Velho Chico, dentre eles o Urucuia. Essa é a principal razão de o sistema estar operando com bandeira vermelha, e creio que é chegado o momento de o poder público iniciar campanhas de economia de uso de água, junto à população, tendo em vista o longo período que ainda existe para o início da quadra chuvosa do ano vindouro, previsto para o mês de novembro.