Com luz solar, alunos criam fonte de renda para povoado no interior de SP (Agosto 2017)
Com chinelos que protegem os pés das poças de lama, Erasmo da Silva, 35, pescador e pedreiro, anda para lá e para cá, empolgado, a mostrar a novidade em sua casa, numa comunidade ribeirinha em São José dos Campos (SP): um aquecedor solar que ele mesmo ajudou a construir e que fez a conta de luz baixar pela metade.
"Eu sou curioso, quando soube dos aquecedores tomei iniciativa. No começo rebolei, mas hoje domino a técnica", diz ele, enquanto explica em detalhes como funciona o aquecedor para banho.
A 14 quilômetros dali, Matheus Pitanga, 23, estudante, fala também com empolgação sobre o aquecedor solar de baixo custo, com chinelos como os de Erasmo nos pés, mas sobre concreto, dentro de um contêiner que ele e colegas fizeram de QG em um dos principais polos de tecnologia do país, o ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica).
Matheus e quatro colegas tocam o projeto Solaris, que levou os aquecedores ao povoado onde vive o pescador, a comunidade Beira Rio, vilarejo de 57 casas às margens do rio Paraíba do Sul e vizinho de clubes e condomínios, em São José dos Campos.
"A gente poderia ter levado os aquecedores, colocado energia solar e deixar lá. Mas e aí, e quando a gente não estiver mais aqui, quando a gente se formar, como eles vão fazer? Nós não queremos criar uma dependência. Por isso, nosso foco é ensiná-los a construir e fazer a manutenção desses equipamentos", diz. "É empoderamento e apropriação tecnológica", define.
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