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Aquecimento global já afeta o mundo inteiro

Publicado: Quarta, 12 de Junho de 2019, 15h43 | Última atualização em Quarta, 12 de Junho de 2019, 15h43 | Acessos: 327

Relatório do IPCC aponta os países pobres como os mais vulneráveis à mudança do clima.

 

http://www.conpet.gov.br/noticias/noticia.php?segmento=&id_noticia=1139

 

Redação Portal CONPET

 

13/04/2007


As mudanças climáticas já afetam todos os continentes e a maioria dos oceanos. Essa é a conclusão apresentada pelo Grupo de Trabalho II do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, sigla em inglês). A afirmação foi divulgada em um relatório que trata dos impactos, adaptação e vulnerabilidades, dia 6 de abril, em Bruxelas, Bélgica.

A principal mudança identificada é o aumento da temperatura em todas as regiões analisadas. Todo o planeta terá perdas significativas na produtividade de alimentos, redução da disponibilidade de água e de florestas, aumento da incidência de doenças e problemas de saúde. O IPCC atribui à ação antropogênica (do homem) todas essas alterações.

O relatório é considerado por ambientalistas – e por alguns pesquisadores – incompleto, pois não inclui vetores como incêndios florestais e desmatamentos na análise. Apesar disso, o quadro é preocupante. De acordo com o relatório, o grupo que reúne cerca de 2,5 mil cientistas atribuiu um índice de 80% de certeza que os sistemas hidrológicos mundiais já foram afetados pelas mudanças ambientais. Há também entre 90% e 100% de certeza que o aquecimento global mudou hábitos de uma ampla variedade de espécies animais, como a alteração de seu fluxo migratório. O mesmo índice de certeza é atribuído à alteração na passagem das estações do ano: a chegada da primavera acontece mais cedo e os períodos de calor se tornaram mais extensos.

Impacto profundo

O relatório apresentado contêm as projeções de efeitos que o aquecimento global causará em diversas regiões. Elas foram agrupadas dada seguinte maneira: África, Ásia, Austrália e Nova Zelândia, Europa, América Latina, América do Norte, regiões polares e pequenas ilhas. De forma geral, todas essas localidades sentirão os impactos. Dependendo de sua capacidade de adaptação às mudanças do clima e vulnerabilidades, cada um os sentirá com intensidade diferente.

Outra certeza dos cientistas é que as nações pobres serão as mais prejudicadas por sua dificuldade em adaptar-se. Assim, a África é apontada no relatório como uma das regiões mais vulneráveis ao aquecimento global. De acordo com o climatologista e membro brasileiro do IPCC Carlos Nobre, esse é um enorme problema ético. “Todos os países africanos, somados, contribuiram cerca de 2% das emissões de gases de efeito estufa. Agora eles serão os mais prejudicados”, explica.

Para o IPCC, dependendo do cenário, entre 75 e 250 milhões de pessoas naquele continente sofrerão com secas e falta de alimento até 2020.

Na América Latina, o principal efeito do aquecimento global será a savanização da região oeste da floresta amazônica, por volta de 2050. O Nordeste brasileiro, caracterizado pela caatinga, poderá se tornar uma região árida. O relatório destaca ainda os esforços dos países da região para conservar os ecossistemas, mas limita os resultados que serão obtidos devido a fatores como a falta de informações básicas consistentes, capacidade de aplicação de políticas públicas, ocupação em áreas vulneráveis às mudanças climáticas, entre outros.

Para ler o relatório (em inglês) faça o download do documento clicando aqui.

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