Conferência do Clima: empresários pressionam por financeirização de florestas, mas governo resiste (Novembro 2017)
Em meio às negociações da 23ª Conferência Mundial do Clima da ONU (COP 23), em Bonn, na Alemanha, um dos eventos paralelos chamou a atenção na quarta-feira (8). O motivo do rebuliço foi a proposta da mesa de debates: apresentar o potencial brasileiro no mercado de carbono. “O Brasil tem tudo para liderar o mercado mundial de créditos de carbono florestais”, afirma o texto do convite publicado no site de um dos organizadores, o Instituto BVRIO, que opera a “bolsa de valores ambientais”. Só há um problema nessa previsão: a lei brasileira impede que florestas sejam tratadas como geradoras de “crédito”.
A mesa de palestras se chamava “Reestruturando o REDD+ no Brasil: uma solução de longo prazo para monitorar o desmatamento e promover o desenvolvimento sustentável” e reunia vozes de diferentes instituições ambientais que defendem a entrada do Brasil no mercado de carbono. Nessa espécie de “bolsa de valores verde”, empresas e países poluidores pagam por ações de compensação aos estragos feitos ao planeta. O dinheiro desses créditos vai para o financiamento de organizações privadas que desenvolvem projetos de manutenção ecológica.
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