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Com possível extinção na natureza, ajuda para preservação da ararinha-azul vem do exterior

Publicado: Segunda, 01 de Outubro de 2018, 11h20 | Última atualização em Quinta, 20 de Dezembro de 2018, 21h31 | Acessos: 428

Estudo realizado por ONG Bird Life considera espécie de ave brasileira extinta. Ministério do Meio Ambiente explica que aves atualmente em cativeiro podem ser reintroduzidas na natureza.


Por Tatiana Regadas, G1

27/09/2018
Ararinha-azul: possivelmente extinta na natureza — Foto: Ararinha na natureza/Facebook
Ararinha-azul: possivelmente extinta na natureza — Foto: Ararinha na natureza/Facebook

 

A ONG Bird Life divulgou em setembro um relatório sobre espécies de aves ameaçadas de extinção no mundo. O Brasil entrou na lista com algumas espécies (Gritador-do-Nordeste, Limpa-Folha-do-Nordeste,Caburé-de-Pernambuco, Arara-Azul Pequena) e dentre elas a famosa ararinha-azul.
Segundo o estudo, que propõe um novo método para a declaração de uma espécie extinta, a ave-famosa como protagonista da animação "Rio"- deixou de existir na natureza por volta dos anos 2000.
Segundo o Instituo Chico Mendes, órgão do Ministério do Meio Ambiente, as principais causas para o seu desaparecimento são o tráfico de animais silvestres e a perda e degradação de habitat.
Mas talvez não seja o fim da linha. O Centro Nacional de Pesquisas para a Conservação das Aves Silvestres (Cemave), órgão do Ministério do Meio Ambiente, explica que as listas de espécies em extinção seguem abordagens distintas e por isso apresentam diferenças.
O estudo da Bird Life não segue o método definido pela União Internacional para Conservação da Natureza (UICN), que produz uma lista mundial de espécies ameaçadas. É este o método adotado no Brasil atualmente.
“As listas nacionais podem ter pequenas diferenças em relação à lista global de espécies ameaçadas e quando se propõe um novo método, como a BirdLife fez, novas diferenças podem aparecer”, explica Priscilla Amaral, coordenadora do Cemave.
O caso da ararinha-azul é um destes exemplos. Segundo Rosana Subirá, Coordenadora Geral de Estratégias de Conservação, ela ainda consta na lista de Criticamente em Perigo/ Possivelmente Extinta da Natureza.
Para ela, a BirdLife considera que a área de ocorrência da espécie já foi bem amostrada e que a observação de um indivíduo em vida livre que ocorreu em 2016 refere-se a um escape de cativeiro.
“Já o ICMBio considera que existem áreas de ocorrência potencial da espécie que ainda precisam ser investigadas e que não há argumentos que levem à conclusão definitiva de que o indivíduo avistado em 2016 seja oriundo de escape de cativeiro”, explica.

Ajuda do exterior

Embora possa estar extinta na natureza, a ararinha-azul brasileira não desapareceu por completo. Quatro instituições no exterior e uma no Brasil mantém aves em cativeiro e trabalham para o aumento da população e uma possível reintrodução dos animais na natureza.
Dois acordos internacionais, assinados em 2016 e 2018, envolvendo estes criadouros, a Parrots International, o ICMBio e o Ministério do Meio Ambiente, fomentam as atividades de recuperação da espécie, diz Subirá.
“Esses acordos permitirão a transferência de 50 ararinhas da Alemanha para a área de soltura no Brasil e a execução do projeto de reintrodução”, diz.
A estimativa é que o projeto permita reintroduzir as aves na natureza até 2022.
Exemplares de ararinha-azul em viveiro de associação de conservação em Schoeneiche (Alemanha). A rara ave brasileira é considerada quase extinta, já que não é vista em liberdade desde 2000. Em cativeiro, calcula-se que haja no máximo 120. — Foto: AFP
Exemplares de ararinha-azul em viveiro de associação de conservação em Schoeneiche (Alemanha). A rara ave brasileira é considerada quase extinta, já que não é vista em liberdade desde 2000. Em cativeiro, calcula-se que haja no máximo 120. — Foto: AFP
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