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Conservação do Semiárido: mitigação de efeitos potencializadores do aquecimento global

Publicado: Segunda, 29 de Abril de 2019, 15h28 | Última atualização em Segunda, 29 de Abril de 2019, 15h28 | Acessos: 417

O Projeto busca a preservação do bioma original do Nordeste brasileiro – a Caatinga.

 

http://www.acaatinga.org.br/no-clima-da-caatinga-inicia-nova-fase-com-novo-lema-tatu-bola-preservado/

 

17/04/2019

Resultado de imagem para iniciativa que busca a mitigação de efeitos potencializadores do aquecimento global através da conservação do semiárido e consequente a fixação e emissão evitada de CO² na atmosfera.

No clima da Caatinga

 

Pela terceira vez na história da Associação Caatinga a parceria com a Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental é retomada para a nova etapa do projeto No Clima da Caatinga III (NCC), iniciativa que busca a mitigação de efeitos potencializadores do aquecimento global através da conservação do semiárido e consequente a fixação e emissão evitada de CO² na atmosfera.

O Projeto foca na proteção e valorização da Caatinga, única floresta exclusivamente brasileira, e que mesmo assim ainda recebe pouca atenção e baixo investimento para a conservação em ações de sustentabilidade, mesmo que seja um dos semiáridos com maior biodiversidade do planeta.

A terceira fase do NCC irá manter sua atuação na Reserva Natural Serra das Almas (Unidade de Conservação mantida pela Associação Caatinga em Crateús) e nas comunidades do entorno da Reserva, atendendo as regiões no sertão do Ceará e Piauí. As tecnologias sustentáveis como o forno solar, o fogão ecoeficiente e a cisterna de placas, e a educação ambiental chegarão a 30 comunidades do Ceará e 10 do Piauí, o que contribui para o uso inteligente dos recursos naturais e, consequente, melhoria da qualidade de vida da população local.

O NCC é realizado pela Associação Caatinga e patrocinado pela Petrobras e Governo Federal por meio do Programa Petrobras Socioambiental e atua diretamente na proteção da Caatinga onde ocorrem animais ameaçados de extinção como o Tatu-bola. O mamífero, mascote da Copa do Mundo de 2014 por indicação da Associação Caatinga, é a espécie bandeira do projeto.

São três linhas de atuação prioritárias: biodiversidade e sociodiversidade, floresta e clima, e água. As ações serão desenvolvidas nos eixos de prevenção e conservação, uso inteligente dos recursos naturais e educação e comunicação.

Desenvolvimento do No Clima da Caatinga

Um dos principais objetivos da iniciativa é o fomento à gestão de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) e o estímulo à criação de políticas públicas ambientais, como a realização do seminário sobre incentivos econômicos para a conservação da natureza, planejado para a etapa final do NCC III.

Outra linha de atuação é a educação ambiental, que será trabalhada de maneira a sensibilizar os envolvidos em momentos de interação nas escolas e nas comunidades. “A Educação Ambiental é uma ferramenta construtiva de saberes e conhecimentos referente ao ambiente natural local, que auxilia na transformação necessária para uma convivência harmônica e equilibrada com a Caatinga, através da consciência crítica e sensibilidade para um novo cuidar”, comenta Andreza Antunes, técnica educadora ambiental.

Tatu-bola preservado – o porta-voz da proteção ao bioma

Famoso por se tornar mascote da Copa do Mundo de 2014, realizada no Brasil, o Tolypeutes tricinctus, o nosso tatu-bola, é um mamífero endêmico da Caatinga e está na lista vermelha de espécies ameaçadas de extinção (IUCN/ICMBio, 2015) sendo um dos principais causadores desse cenário a redução da cobertura natural seu habitat natural para retirada de madeira e pelo fogo para abertura de novas áreas de cultivo. Infelizmente o animal pode ser extinto nos próximos 50 anos, de acordo com estudos.

Dessa forma, o tatuzinho será o embaixador do trabalho realizado pelo No Clima da Caatinga e será a personificação da proteção à Caatinga.

Fases anteriores do Projeto

Desde 2011 a instituição recebe patrocínio da Petrobras por meio da Petrobras Socioambiental para a realização do Projeto No Clima da Caatinga Fase I (2011-2012) e Fase II (2013- 2015) no território do projeto proposto.

Só nas duas primeiras fases foi evitada a emissão de aproximadamente 152.000 toneladas e o sequestro de cerca de 12.000 toneladas de CO². Foram protegidas ou recuperadas 16 nascentes, 96 hectares de Reservas Legais (RL) e Áreas de Preservação Permanente (APP) foram protegidas e recuperadas. Foi dado também o suporte para criação de três novas Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN) no município de Crateús.

Tudo isso, contando com o envolvimento de 3.300 famílias, a capacitação de 1.600 pessoas no uso de tecnologias sustentáveis, a capacitação de 409 educadores e envolvimento de 21.000 alunos nas ações de educação ambiental, além da visitação de mais de 60.000 pessoas a Exposição Itinerante “Caatinga Um Novo Olhar”, exposição itinerante utilizada no Projeto.

Premiações

2014 – Já na segunda implementação, o No Clima da Caatinga recebeu o título Dryland Champions, da UNCCD/Ministério do Meio Ambiente, pela relevância das ações de combate à desertificação. Ainda no mesmo ano, a iniciativa também recebeu da Presidência da República o prêmio ODM Brasil, pela importante contribuição do projeto para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.

2015 – No ano seguinte a proposta conquistou o prêmio Von Martius de Sustentabilidade, um dos maiores reconhecimentos na área de sustentabilidade e meio ambiente no país. No mesmo período, o projeto também angariou o apoio do Fundo Socioambiental da Caixa Econômica Federal para a realização de ações de reutilização de água do consumo doméstico em pequenas hortas e pomares além da recuperação de nascentes.

Durante as primeiras implementações, o projeto foi certificado duas vezes entre 2013 e 2015 pelo Banco de Tecnologias Sociais da Fundação Banco do Brasil, pelas tecnologias de gestão de resíduos sólidos e disseminação de fogões ecoeficientes, respectivamente.

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