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OCEANO ATLÂNTICO INTERFERE DIRETAMENTE NO IMPACTO DO EL NIÑO

Publicado: Quarta, 12 de Junho de 2019, 15h28 | Última atualização em Quarta, 12 de Junho de 2019, 15h28 | Acessos: 414

Estudo afirma que as águas do Atlântico não são simples receptoras dos efeitos do fenômeno climático, mas afetam seu alcance.

 

http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,AA1280425-5603,00-OCEANO+ATLANTICO+INTERFERE+DIRETAMENTE+NO+IMPACTO+DO+EL+NINO.html

 

G1 - São Paulo

 

MARÍLIA JUSTE

 

20/09/2006

Foto: Divulgação

Atlântico equatorial pode tanto esquentar quanto esfriar em resposta ao El Niño

 

O verão 2006/2007 promete o retorno de um velho conhecido dos meteorologistas: o El Niño. Não se sabe qual será o tamanho do impacto do fenômeno que atinge o oceano Pacífico neste ano, mas, segundo um estudo publicado na revista “Nature”, tudo depende de como as águas equatoriais do Atlântico vão se comportar com a visita que o vizinho vai receber.

O El Niño ocorre quando as águas do Pacífico próximas à América do Sul esquentam demais, alterando as trocas de calor e umidade entre o oceano e a atmosfera. Esse aquecimento acima do normal esquenta também o ar que vai para o leste, até as águas tropicais do oceano Atlântico.

Ao receber esses ventos aquecidos, o Atlântico tropical pode ter duas reações, completamente opostas. Ou esquenta -- como ocorreu no El Niño de 1997/1998 -- ou esfria, como em 1982/1983.

Até agora, os cientistas acreditavam que esse processo era unilateral -- o Pacífico afetava o Atlântico, mas o contrário não ocorria -- e não conseguiam explicar o que levava a duas respostas tão distintas para o mesmo estímulo. Mas, pesquisadores da Universidade A&M, no Texas, dizem ter encontrado a chave para o mistério e, com ela, descobriram que o Atlântico tem um papel muito maior do que se pensava anteriormente. Ele não apenas não é um simples receptor passivo do El Niño, como afeta o alcance que o fenômeno terá no mundo.

Segundo um dos autores do estudo, Ping Chang, o fato de o Atlântico receber ventos quentes do Pacífico não significa, necessariamente, que suas águas vão esquentar na região equatorial. “A influência mais quente pode ser contrabalançada por um efeito resfriador”, explicou ele ao G1.

Segundo o cientista, tudo depende da interação entre águas e ventos, uma verdadeira “queda de braço”. “São dois processos que competem entre si, complicando a resposta do Atlântico ao El Niño”, diz ele. “Se a resposta das águas aos ventos for mais dominante, a superfície do oceano esfria após o início do fenômeno. Por outro lado, se os ventos quentes causados pelo Pacífico forem mais fortes, o Atlântico equatorial esquenta”, diz Chang.

Segundo o cientista, essa especificidade explica porque até agora é tão difícil prever qual será o impacto do El Niño nas águas do Atlântico. “Nosso estudo traz importantes idéias sobre como a previsão do clima na região do Atlântico tropical pode ser melhorada”, afirma. Para ele, um aprofundamento da questão e melhores dados sobre as condições atmosféricas e das águas do Atlântico vão ajudar muito a preparação contra os efeitos do fenômeno.

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