Áreas produtoras do Rio Grande do Sul enfrentam pior seca dos últimos 7 anos
Segundo a secretaria de Agricultura do estado, lavouras de fumo, milho, uva e arroz são as mais afetadas.
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Por Globo Rural
12/01/2020
Imagem do Google
Produtores do Rio Grande do Sul sentem os impactos da falta de chuva neste início de ano e já existem perdas nas lavouras.
Segundo a secretaria da Agricultura, o estado enfrenta a pior seca dos últimos 7 anos, e as chuvas irregulares não foram suficientes para o enchimento dos grãos.
As perdas ainda estão sendo calculadas, mas, mesmo que a chuva volte, muitas lavouras não têm mais como se recuperar. As produções de milho, fumo e uvas foram as mais afetadas.
A situação não é muito diferente nas áreas de arroz. O setor já prevê queda na produtividade por causa do atraso no plantio e da falta de chuva.
Pelo menos 28 cidades decretaram situação de emergência.
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COMENTÁRIOS
João Suassuna – Pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco
Na minha luta em defesa da convivência com o Semiárido nordestino, não costumo recomendar o cultivo de grãos (milho e feijão) como prática a ser difundida na região. A instabilidade do tempo é severa, o que tem ocasionado, com certa frequência, perdas significativas nas produções. Observe na matéria editada hoje no Globo Rural, sobre as consequências provocadas, pela estiagem, na cultura do milho no Rio Grande do Sul, uma região brasileira produtora de grãos. Bastou um veranico para se estabelecer uma quebra de safra que chegou, em algumas propriedades, a 80%. No Semiárido, os descompasses nas caídas das chuvas são enormes. Para aqueles produtores que costumam insistir no plantio em regime de sequeiro (dependente de chuvas), a recomendação é a de realizá-lo naquelas propriedades portadoras de fontes hídricas capazes de, numa eventualidade, suprir as culturas com uma irrigação de salvação. Para os produtores que não possuem tais fontes e que, mesmo assim, insistem no cultivo, que o faça assumindo todos os riscos, cuja quebra de safra é o mais comum deles.
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