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Falta água para consumo humano devido à estiagem na região Central do RS

Publicado: Quarta, 11 de Março de 2020, 16h58 | Última atualização em Quarta, 11 de Março de 2020, 16h58 | Acessos: 311

Áreas rurais dos municípios são as mais afetadas. 

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08/03/2020

Em Ivorá, a estiagem já dura quatro meses.

Em Ivorá, a estiagem já dura quatro meses. | Foto: PMI / Divulgação / CP 

Os problemas no abastecimento em razão da estiagem continuam na região Central do Estado. Em Santa Maria, onde os distritos do Passo do Verde, Santa Flora, São Valentim, Boca do Monte e Palma são os mais afetados, a  Defesa Civil está levando água para consumo humano. Segundo o coordenador do órgão, Adão Lemos, açudes e riachos estão secando, o que pode afetar o fornecimento para os animais. Nesta segunda-feira, haverá reunião na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural com a participação de produtores e representantes da Emater, Corsan e Defesa Civil na busca de alternativas para amenizar a situação. O decreto de situação de emergência foi reconhecido pelo Estado e pela União. 

Com os reservatórios de distribuição de água com apenas 30% da capacidade total de armazenamento, Faxinal do Soturno, na Quarta Colônia Italiana, está na iminência da adoção de medidas de racionamento. Um comunicado da Associação do Corpo de Bombeiros Voluntários de Faxinal do Soturno (ACBVFS), da prefeitura e da Corsan foi divulgado solicitando que a comunidade adote medidas para racionalizar o consumo. A nota destaca que é imprescindível a adoção de medidas de economia de água a fim de que toda a população se mantenha abastecida durante este período de estiagem. 

Em Júlio de Castilhos, o prefeito João Vestena informou que, diante da situação da estiagem, além dos prejuízos já definidos na soja, aumenta a preocupação com a falta de água no interior do município para consumo humano e dos animais. Ele já decretou situação de emergência no município. 

Já em Ivorá, onde também foi decretada emergência em virtude da falta de chuvas, que chega há quase quatro meses, a situação está assolando, principalmente, as comunidades do Interior. Conforme dados da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), a perda na produção das principais culturas no município é alta. A soja teve prejuízo de 60,5%, o milho em grão caiu 80%, o milho de silagem reduziu 50%, o feijão diminuiu 50% e o fumo teve uma queda de 40%. Na bovinocultura, as quedas chegam a 1,5 kg por dia e, no bovino de corte e de leite, a redução é de 30% na produção, totalizando mais de R$ 17 milhões de queda na economia do município, se somadas todas as áreas. O secretário de Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente do município, Jonas Zancan, informa que estão sendo transportados cerca de 15 mil litros de água por semana para as famílias que necessitam e já foram construídos 250 bebedouros para o gado. “Quatro comunidades do Interior estão sendo abastecidas com água potável, somando dez famílias, podendo vir a aumentar este número”, informa o secretário. O prefeito Ademar Binotto destacou que algumas medidas estão sendo tomadas, como a construção de novos poços artesianos e açudes. A Emater informou que os rios da região de Ivorá estão cerca de 70% abaixo do nível normal e alguns menores já secaram.

No município de São Sepé, o gado começa a sofrer com a falta de água, informou o prefeito Léo Girardelo. “Os bebedouros apresentam nível reduzido”, salientou. O impacto econômico provocado pela estiagem é irreversível para os produtores.

 

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