Em Ibiracatu, norte de Minas Gerais, agricultores enfrentam dificuldades por causa da seca severa
Na região, 150 municípios estão em situação de emergência. Só na cultura do milho, as perdas foram de quase 90%.
Programa Globo Rural
03/10/2021
Seca frustra 90% da safra de milho
O norte de Minas Gerais está provocando problema sério para os agricultores e mais de 150 municípios estão em situação de emergência.
Este ano, só na cultura do milho as perdas foram de quase 90%. De janeiro até agora, de acordo com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), choveu 575 milímetros na região, índice abaixo da média para o período. Além disso, as chuvas estão mais espaçadas, o que piora o cenário.
A intensidade da seca e as altas temperaturas registradas têm prejudicado o ciclo produtivo de lavouras e pastagens, causando uma perda acentuada da produção.
Saiba mais na reportagem completa no vídeo abaixo.
https://g1.globo.com/economia/agronegocios/globo-rural/
Ibiracatú, MG
Ibiracatu é uma cidade de Estado do Minas Gerais. Os habitantes se chamam ibiracatuenses.
O município se estende por 353,4 km² e contava com 5 400 habitantes no último censo. A densidade demográfica é de 15,3 habitantes por km² no território do município.
Vizinho dos municípios de Pedras de Maria da Cruz, Varzelândia e Japonvar,Ibiracatu se situa a 27 km a Sul-Leste de Januária a maior cidade nos arredores.
Situado a 755 metros de altitude, de Ibiracatu tem as seguintes coordenadas geográficas: Latitude: 15° 39' 36'' Sul, Longitude: 44° 10' 31'' Oeste.
Para todas as formalidades administrativas, você pode ir à prefeitura de Ibiracatu Rua do Comercio, 341. Mas você também pode contatar a prefeitura por telefone ou por email, pelo endereço abaixo.
COMENTÁRIOS
João Suassuna – Pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco
Muito comum essa quebra de safra nos sistemas de produção implantados no polígono das secas. Certamente, o insucesso havido na cultura do milho no município de Ibiracatu, no norte de Minas Gerais, foco principal dessa matéria, deveu-se a problemas de adaptabilidade da referida cultura ao clima semiárido da região. Para orientar melhor os agricultores (principalmente os pequenos) na implantação dos sistemas de produção mais adequados às características climáticas do Nordeste seco, a Embrapa desenvolveu o Zoneamento Agrícola de Risco Climático, para diversas culturas, o qual, para o Semiárido nordestino, foram contemplados os sistemas de produção que têm possibilidades de sucesso, mesmo com o advento das secas. No caso específico do insucesso havido no município mineiro em questão, é muito provável que tenha sido motivado pela falta de adaptação da cultura do milho às características climáticas de semiaridez ali reinantes. Certamente, essa cultura não foi contemplada no referido zoneamento para aquela região, mas, mesmo assim, o agricultor arriscou o plantio da cultura para a obtenção de alguma produção, mesmo que diminuta. É muito comum a realização desse tipo de atividade pelo agricultor residente no polígono das secas, fato esse que precisa de um trabalho de orientação mais incisivo, por parte das autoridades do setor, a fim de que o agricultor possa ser contemplado ao Seguro Safra, criado exatamente para minimizar os prejuízos ou insucessos havidos, causados pelo fenômeno climático na região. Em caso de o agricultor querer plantar culturas que não estejam contempladas nos zoneamentos da Embrapa, pelo menos que o faça nas propriedades que disponham de fontes hídricas capazes de atenderem às necessidades hídricas dos cultivares, com irrigações de salvação.
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