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Estiagem reduz vazão dos rios das regiões de Campinas e Piracicaba fora do Sistema Cantareira

Publicado: Sexta, 27 de Julho de 2018, 11h24 | Última atualização em Quinta, 20 de Dezembro de 2018, 21h33 | Acessos: 540
Camanducaia, Capivari, Jundiaí e Corumbataí estão com níveis abaixo do esperado.
Acesso ao vídeo da matéria, no endereço abaixo

Por Jornal da EPTV 1ª Edição

23/07/2018

Os rios das regiões de Campinas (SP) e Piracicaba (PS) fora do Sistema Cantareira estão com a vazão abaixo da média neste mês devido ao período de estiagem. Os leitos afetados são o Capivari, Corumbataí, Camanducaia e Jundiaí. Veja abaixo a situação deles em m³/s.

Na região recebem aporte do Cantareira os rios Atibaia, Jaguari e o Piracicaba.

Pouca chuva
A média anual de precipitações na região é de 1,5 mil milímetros, mas até agora foram 544 milímetros. Em 2017, o acumulado foi de 1.306 milímetros.

Segundo o especialista em recursos hídricos Antônio Carlos Zuffo, a região passou por uma estiagem semelhante entre os anos de 1936 e 1975.

Em 1976, com a volta das chuvas foram registrados períodos de enchente ao longo dos anos.

“Nós voltamos de novo no período seco. Isso vai ser prolongado por mais 20 ou 30 anos”, declara o especialista.
Com a redução das chuvas e da vazão dos rios, a qualidade da água também pode ser afetada. “Os municípios deveriam construir reservatórios pelo menos para atender o período seco desse ano”, completa Zuffo.

Para amenizar a situação, alternativas sugeridas pelo especialista são a redução das perdas de água potável na distribuição e a redução de consumo de água pelas famílias.

Situação dos rios

Camanducaia
No Rio Camanducaia, em Jaguariúna (SP), a vazão registrada nesta manhã de segunda-feira (23) era de 2,11 m³/s. Há um ano ela estava em 4,93 m³/s. A média histórica para o mês é de 8,95 m³/s. O Camanducaia abastece parte de Amparo e passa por outras nove cidades da região.

Rio Corumbataí, em Piracicaba, com pedras visíveis devido ao período seco (Foto: Reprodução/EPTV)
Rio Corumbataí, em Piracicaba, com pedras visíveis devido ao período seco (Foto: Reprodução/EPTV)

Corumbataí


Em Piracicaba (SP), o Corumbataí também está em situação ruim. O rio ainda passa por Charqueada (SP) e Iracemápolis (SP). A vazão está em 2,13 m³/s, mas no mesmo mês do ano passado era de 8,74 m³/s. A média histórica é de 9,57m ³/s.

Jundiaí

Outra cidade da região com rios com vazão abaixo do normal é Indaiatuba. Na cidade passa o Rio Jundiaí, que registrou vazão de 2, 64m³/S. Há um ano era de 6,06 m³/s. A média histórica para este mês é de 7,31 m³/s.

Capivari

Já em Campinas, o Rio Capivari registrou vazão de 0,42 m³/s, mas no ano passado a vazão estava em 1,57 m³/s. A vazão do mês é de 1,74m³/s.

Sem risco de desabastecimento

Apesar do longo período de estiagem que atinge a região, Campinas ainda não corre risco de ter problemas com o abastecimento de água. Isso porque, segundo um comunicado publicado pela Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento (Sanana), o Rio Atibaia está com vazão dentro do previsto por contrato.

De acordo a Sanasa, atualmente a vazão média do rio, que é responsável pelo fornecimento de água a 95% da população no município, é de 12m³ por segundo, enquanto o contrato com o Sistema Cantareira prevê uma fluência mínima de 10m³ por segundo no controle de Valinhos, que fica cerca de 5 km acima do ponto de captação em Campinas. A mudança na outorga foi assinada em maio do ano passado.

Queda do cantareira

Sistema Cantareira registrou mais uma queda nesta segunda-feira (23) e opera com 40,8% de sua capacidade, segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). O índice de água armazenada no manancial registra quedas consecutivas, já que no sábado (21) o sistema operava com 41% da capacidade e, no domingo (22), com 40,9%.

Vista aérea da represa do Jaguari, na cidade de Bragança, no interior de São Paulo. Segundo a Sabesp, índice que mede o volume de água armazenado no sistema Cantareira opera em queda, registrando 40,8% da capacidade total (Foto: Luis Moura/WPP/Estadão Conteúdo)
Vista aérea da represa do Jaguari, na cidade de Bragança, no interior de São Paulo. Segundo a Sabesp, índice que mede o volume de água armazenado no sistema Cantareira opera em queda, registrando 40,8% da capacidade total (Foto: Luis Moura/WPP/Estadão Conteúdo)



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