Chuva deixa sertão verde, mas é insuficiente para agricultura
Em Pernambuco, 1,6 milhão de pessoas foram afetadas pela seca no estado. Prejuízos no Nordeste já chegam perto de R$ 3 bilhões.
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Globo Rural – Edição de 21/04/2019

Compilando e processando perdas nas culturas devido à seca - Imagem do Google
COMENTÁRIOS
João Suassuna – Pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco
Segundo adágio popular, “Errar é humano, mas permanecer no erro é diabólico”! É isso que sempre acontece, quando se insiste na implantação da agricultura de sequeiro, com a utilização de grãos, no Semiárido nordestino, uma região com irregularidades climáticas bem marcantes, principalmente no que concerne à caída de suas chuvas. Volta e meia essas questões voltam à baila, o que, fatalmente, tem posto em risco a existência do produtor rural. Em fevereiro de 2004, publiquei um artigo na Carta Maior, intitulado, “As armadilhas do clima”, no qual já alertava sobre essas questões. Quinze anos se passaram, e parece que nada mudou, e as insistências dos plantios de sequeiro continuaram em direção ao “diabólico”. Nesse sentido, cabe ao poder público orientar melhor os produtores rurais, no que concerne à adoção de tecnologias de convivência digna com o clima reinante na região, procurando, sempre que possível, fugir dos sistemas de produção que utilizem a “água” como elemento indispensável nesse processo. Por outro lado, se a insistência nessa implantação continuar prevalecendo, que seja feita em regiões cujas fontes hídricas locais tenham vazões suficientes à promoção da irrigação de salvação.
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