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EDITORA MASSANGA LANÇA CINCO LIVROS EM EVENTO NA FUNDAJ

Criado: Segunda, 10 de Agosto de 2015, 12h19 | Publicado: Segunda, 10 de Agosto de 2015, 12h19 | Última atualização em Quinta, 20 de Dezembro de 2018, 20h34 | Acessos: 3864

A abertura do evento será feita pelo presidente da Fundação Joaquim Nabuco, Paulo Rubem Santiago (Foto: Gil Vicente)No dia 19 de agosto (quarta-feira), às 19h, Fundaj de Casa Forte recebe, na sala Calouste Gulbenkian, o evento Pernambuco Imortal – Um lançamento para fazer história, onde serão apresentados ao público cinco novos livros lançados pela editora Massangana. Coincidentemente, o evento acontece no mesmo dia do nascimento de Joaquim Nabuco, o abolicionista pernambucano patrono da Fundaj.

De acordo com a assessoria de imprensa da Fundação, Pernambuco Imortal conta com publicações históricas que trazem algo pertinente ao espírito do abolicionista, a sua obra e atuação política. Numa reunião de cinco autores pernambucanos, o evento aborda temas que são próprios à história do estado.

O evento de lançamento dos cinco livros pela Editora Massangana terá abertura feita pelo presidente da instituição, o professor e ex-deputado federal Paulo Rubem Santiago, com palestra de inauguração do evento proferida pelo bisneto de Joaquim Nabuco, o cineasta Pedro Nabuco.

Após a palestra, haverá uma mesa-redonda coordenada pelo escritor Paulo Gustavo, da Academia Pernambucana de Letras, com os autores dos livros em lançamento: Maria Eduarda Marques, Felipe Azevedo e Souza, Rodrigo Cantarelli, Rita de Cássia Barbosa de Araújo, Tereza Mota, Lúcia Gaspar e Virgínia Barbosa.

O evento contará, ainda, com uma mini-exposição de banners, com imagens de Joaquim Nabuco no hall de entrada da sala Calouste Gulbenkian, e a apresentação do grupo musical regional Marco César Trio, na hora em que será servido um coquetel aos participantes do evento, das 20h30 às 22 horas. 

 

SOBRE AS OBRAS

No livro Homens de negócio, de fé e de poder político: a Ordem Terceira de São Francisco do Recife, 1695-1711, da historiadora Maria Eduarda Marques, a religiosidade católica, tão cara a Nabuco quanto ao espírito do criador da Fundaj, Gilberto Freyre, tão franciscanamente político (como ele próprio fazia questão de afirmar que era), é tratada.

Diz a editora: “Abordando a história da Ordem Franciscana do Recife e, em especial da Ordem Terceira do Recife, o livro da historiadora Maria Eduarda Marques, nas palavras do historiador pernambucano Evaldo Cabral de Mello, analisa um “capítulo crucial do conflito entre a nobreza da terra e o comércio português em torno da criação da vila do Recife”. Com uma escrita tão fluente quanto precisa, a obra demonstra como a Ordem Terceira, seguida da construção de seu próprio templo – a hoje conhecida Capela Dourada –, teve um vivo protagonismo em meio às disputas políticas do século XVII”.

Em Gilberto Freyre jornalista: uma bibliografia, organizado pelas bibliotecárias Lúcia Gaspar e Virgínia Barbosa, é a própria escrita/textual de Freyre, enquanto articulista na imprensa brasileira, que está em pauta.

Lúcia Gaspar e Virgínia Barbosa fizeram um minucioso levantamento bibliográfico dos artigos publicados por Gilberto Freyre em jornais e revistas. Ao todo, 3.420 textos. Uma fonte que lista pioneiramente trabalhos dispersos em periódicos do Brasil e do exterior. Neles, o escritor e pensador pernambucano registra, comenta e debate uma infinidade de temas, deixando para os estudiosos da sociedade brasileira uma permanente inspiração. Trata-se de obra de referência que nasce indispensável a pesquisadores, professores e humanistas em geral.

O tema do regime de governo, tão modernamente em voga no país, atualmente, agora que os políticos se voltam a falar na instituição, novamente, de um outro plebiscito, para a escolha da sociedade brasileira entre o parlamentarismo e/ou o presidencialismo, é o tema de outro livro que será lançado neste evento festivo.

Trata-se de O eleitorado imperial em reforma, de Felipe Azevedo e Souza, e que, mais uma vez, tem afinidades com o pensamento e as idéias de Nabuco, que era um monarquista parlamentarista convicto, até ser convidado a assumir um cargo na diplomacia brasileira, já republicana, em 1900.

Essa “virada de casaca”, de monarquista para republicano, o próprio Joaquim Nabuco, explicou num livro seu, intitulado “O Dever dos Monarquistas”.

Em O eleitorado imperial em reforma, com seu foco na compreensão dos maiores entraves à propagação de eleições livres no Brasil oitocentista, a obra do jovem e premiado historiador, Felipe Azevedo de Souza, centra sua reflexão na chamada Lei Saraiva e na política do Recife entre as décadas de 1870 e 1880. Nesse cenário, as camadas populares cedem lugar às camadas médias urbanas e letradas. Qual o verdadeiro lugar do voto — uma função ou um direito político? Refletindo sobre o nosso passado eleitoral, esse livro nos faz pensar sobre o presente e os rumos da democracia brasileira: que lugar queremos para o nosso voto e que valor atribuímos ao seu exercício.

O quarto título que será lançado em 19 de agosto, pela Massangana/Fundaj, de título: O retrato e o tempo: Coleção Francisco Rodrigues (1840-1920), organizado por Rita de Cássia Barbosa de Araújo e Teresa Alexandrina Motta, é o retrato fiel da oligarquia que reinou na província, depois Estado, de Pernambuco, que foi a herdeira das tradições familiares, e que gerou, em parte, o grupo político e ideológico criador do Instituto Nabuco.

Trata-se da Coleção Francisco Rodrigues, uma das mais importantes coleções fotográficas pertencentes a uma instituição pública brasileira, que desafia o tempo e se faz presente e amplamente acessível nesta publicação.

O livro é uma obra de arte, com documentos do acervo iconográfico da própria Fundaj, com fotos antigas das tradicionais famílias - com seus patriarcas, suas sinhazinhas, suas crianças e os seus vassalos.

Os escravos, aliás, são imagens, à parte, que se destacam na obra. Uma, inclusive, do fotógrafo João Ferreira Villela, do ano de 1860, a de uma criança, João Gomes Leal, com a sua ama de leite, a escrava Mônica, virou ícone ao estampar a capa de um livro da Editora Companhia das Letras, o segundo volume da série “História da Vida Privada no Brasil”, dedicado ao império, publicado em 1997, de autoria do historiador Luis Felipe de Alencastro. Hoje, a fotografia é de domínio público e a Escrava Mônica tem lugar cativo, num painel da exposição permanente do Museu do Homem do Nordeste, da Fundaj.

São retratos de formatos e processos variados, que acompanham a história da fotografia e o desenvolvimento da nossa sociedade. Nessa obra, pode-se apreciar o marco dos seus fotógrafos e casas fotográficas; perfis de anônimos e figuras ilustres; e nuances que permeiam os diversos campos do conhecimento. Oito ensaios assinados por especialistas de renome nacional – historiadores, sociólogos, antropólogos, fotógrafos, colecionadores, conservadores e gestores da Coleção – analisam e contextualizam esse rico patrimônio do acervo da Fundação Joaquim Nabuco.

O patrimônio cultural, arquitetônico e histórico pernambucano é retratado no quinto livro em lançamento, de autoria do arquiteto Rodrigo Cantarelli. Contra a Conspiração da Ignorância – a Inspetoria de Monumentos de Pernambuco é o título do livro, originalmente a dissertação de mestrado de Rodrigo, defendida em 2012, no Mestrado em Museologia e Patrimônio da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UNIRIO).

O longo e sugestivo título promete (e cumpre) uma leitura emocionante – mas igualmente cuidadosa e erudita – da história social e cultural do Recife do início do século XX. A efervescente atmosfera evocada repõe em cena importantes atores, a exemplo de Gilberto Freyre, Anníbal Fernandes e Mário Melo, além de instituições pioneiras como a própria Inspetoria de Monumentos de Pernambuco. Ao transitar pelos universos da museologia, do patrimônio e da história social, a obra faz do passado uma advertência para o futuro.

SERVIÇO

Evento “Pernambuco Imortal – Um lançamento para fazer história”

- Data: 19 de agosto de 2015

- Horário: a partir das 19h

- Endereço: Sala Calouste Gulbenkian, Av. 17 de Agosto, 2187 - Casa Forte - Recife / PE

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