Ir direto para menu de acessibilidade.
Página inicial > Educação Contextualizada > A França presa por importar madeira ilegal da Amazônia
Início do conteúdo da página

A França presa por importar madeira ilegal da Amazônia

Publicado: Segunda, 09 de Setembro de 2019, 11h34 | Última atualização em Segunda, 09 de Setembro de 2019, 11h34 | Acessos: 1583

Em um relatório publicado na terça-feira, a ONG Greenpeace revela que cerca de vinte empresas francesas importam maciçamente madeira tropical, o Ipê, cortado ilegalmente na Amazônia. Além de um sistema fraudulento generalizado no Brasil, o Greenpeace denuncia a falta de controle na França e na Europa.

 

http://www.lefigaro.fr/sciences/2018/03/20/01008-20180320ARTFIG00144-la-france-epinglee-pour-l-importation-de-bois-illegal-en-provenance-d-amazonie.php

 

Le Figaro

20/03/2019

Resultado de imagem para La France épinglée pour l'importation de bois illégal en provenance d'Amazonie

Uma área de extração ilegal de madeiras tropicais na floresta amazônica. RAPHAEL ALVES / AFP

 

A França preferiu importar madeira tropical ilegal da floresta amazônica. Isto é, inter alia, o que surge de um relatório divulgado na terça-feira pelo Greenpeace. Neste documento de cerca de trinta páginas que Le Figaro pôde consultar, a ONG revela que, em vários estados brasileiros, existe um sistema de autorizações defeituoso associado a uma exploração fraudulenta e não seletiva do Ipê - uma espécie de árvore de grande porte - valor utilizado para carpintaria ou carpintaria - participar na destruição da maior floresta tropical do mundo.

 

Para chegar a estas conclusões, o Greenpeace analisou cerca de 600 textos de autorização de registro publicados pelo Ministério do Meio Ambiente do Estado do Pará, noroeste do Brasil, entre 2013 e 2017, em que o 'Ipê foi classificado como' espécie explorável '. O problema, de acordo com a ONG ambiental, é a existência de "criminosos florestais", que não hesitam em penetrar mais profundamente na floresta amazônica para colher Ipe. Estes representam um grande valor comercial para exportação: até 2500 dólares por metro cúbico - cerca de 2000 euros. "As conseqüências desses crimes ambientais já são visíveis: a abertura de estradas ilegais, a degradação desenfreada das florestas, a destruição da biodiversidade e a intensificação da violência contra as populações locais", disse o Greenpeace em seu relatório.

 

Um sistema fraudulento complexo mas bem afiado

 

Como algumas autoridades brasileiras e silvicultores fazem para exportar madeira de Ipê tirada ilegalmente da Amazônia? Segundo o relatório do Greenpeace, a exploração ilegal dessas árvores é facilitada pela fragilidade do processo de licenciamento estadual. Este é um processo complexo. Por simplicidade, um estado federado dirá que tem uma autorização de registro em uma parcela. Agentes florestais são enviados no local para determinar quantas árvores podem ser exploradas nesta parcela. "O lucro financeiro gerado pela exportação de Ipê permite que empresas brasileiras subornem alguns dos agentes florestais. Os últimos dizem que existem, por exemplo, vinte árvores exploráveis ​​em uma área, enquanto na verdade existem apenas dez ", disse Clément Sénéchal, encarregado da campanha florestal no Greenpeace na França. Para chegar ao número de vinte, ou inventam árvores, ou contam aquelas que não são exploráveis, ou confundem todas as espécies.

 

Resultado: o estado federado anunciará que tem vinte créditos nesta parcela e poderá sair da zona reservada. "Silvicultores delinquentes irão para o coração da floresta, em terras públicas, em áreas ocupadas por nativos ou em reservas naturais. Uma vez que o número decretado pelas autoridades chegar, eles serão capazes de branquear tudo em uma serraria, onde todos os troncos são misturados para manipular as contas", continua Clement Sénéchal.

 

"Lá nós falamos sobre a verificação da legalidade das mercadorias. Ainda é o mínimo » Clément Sénéchal, Greenpeace France

 

Se as empresas francesas podem argumentar que confiaram na documentação oficial fornecida pela empresa florestal, o Greenpeace pede a aplicação de sanções. "De acordo com o regulamento madeireiro da União Européia adotado há cinco anos, a empresa importadora deve poder voltar ao operador", diz Clément Sénéchal. Desde a sua entrada em vigor, nenhuma sanção foi realmente imposta. "Houve uma fase de pedagogia, é normal, mas aqui falamos de verificar a legalidade das mercadorias. Ainda é o mínimo.

 

O Greenpeace, portanto, recomenda que as sociedades ocidentais realizem investigações de campo, particularmente na Amazônia, por causa da corrupção que acompanha o fenômeno do desmatamento. Do lado brasileiro, a ONG pede centralização de dados para criar rastreabilidade. "Hoje existe um tráfego sistemático e mantido pelos poderes em vigor. É difícil agir, mas para o futuro da Amazônia, deve parar ", conclui Clément Sénéchal.

 

A ineficiência dos controles na França

 

Entre os importadores de ipê colhidos nas áreas florestais afetadas pelas licenças fraudulentas identificadas na pesquisa, a França ficaria em segundo lugar, atrás dos Estados Unidos. Entre março de 2016 e setembro de 2017, 3002 metros cúbicos de madeira de Ipê foram importados por cerca de 20 empresas francesas somente no estado do Pará, segundo o relatório. "Este relatório mostra que as empresas francesas continuam a destruir a floresta amazônica, importando madeira tropical ilegal na França", alerta o Greenpeace.

 

Sob o impulso do Ministro da Transição Ecológica e Solidária, Nicolas Hulot, Paris pretende estabelecer, dentro de poucos meses, uma estratégia nacional para acabar com o "desmatamento importado". Esse desejo também está incluído no eixo 15 do Plano Climático adotado pelo governo em julho passado. Uma consulta pública deve, além disso, começar em breve, a fim de acabar com as importações que sacrificam as florestas tropicais.

 

Mas a importação maciça de Ipê vinda ilegalmente da Amazônia continua. Em seu relatório, o Greenpeace denuncia a "frouxidão" do executivo francês e a falta de controle, apesar da existência da legislação européia "Regulation Wood". "O Estado francês deve deixar de ser um escorredor para a importação de madeira ilegal", insurgentes Clément Sénéchal.


OBS: tradução do texto utilizado o Google Tradutor

Fim do conteúdo da página

Nós usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação no portal. Ao utilizar o fundaj.gov.br, você concorda com a política de monitoramento de cookies. Para ter mais informações sobre como isso é feito, acesse Política de privacidade. Se você concorda, clique em ACEITO.