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Agroecologia e Bem Viver no Semiárido Brasileiro1

Publicado: Segunda, 09 de Dezembro de 2019, 12h28 | Última atualização em Segunda, 09 de Dezembro de 2019, 12h28 | Acessos: 374

Construir comunidades felizes com modos de vida sustentáveis. 

José de Souza Silva2

RESUMO

Ser desenvolvido ou ser feliz? Para prometer prosperidade, felicidade e paz para os Po-vos do mundo, a institucionalidade capitalista global ordenou a humanidade para alcan-çar o progresso, na colonização, e a reordenou para alcançar o desenvolvimento, na globalização. Porém, depois de séculos de “progresso” e décadas de “desenvolvimento”, a humanidade está mais desigual e o Planeta mais vulnerável. Nesse mesmo contexto histórico, a América Latina, depois de séculos sendo “civilizada” por impérios europeus e décadas sendo “desenvolvida” pelos Estados Unidos, resulta ser hoje a região mais desigual do mundo em distribuição de renda e terra. Então, se o “desenvolvimento” não tem solução para “problemas de desenvolvimento”, por que continuar aceitando a meta universal para qualquer povo, “ser desenvolvido”, na globalização, que substituiu a me-ta “ser civilizado”, na colonização? Como consequência do progresso/desenvolvimento, a civilização ocidental está em crise por sua incapacidade para sustentar a vida na Terra, além de não cumprir suas promessas de prosperidade, felicidade e paz para todos. Con-clui-se que um futuro relevante para todos os seres vivos humanos e não humanos não depende de alternativas de desenvolvimento, mas de alternativas ao desenvolvimento. Por isso, a atual crise civilizatória se expressa através da crise do paradigma ocidental do desenvolvimento e da emergência do paradigma andino do Bem Viver, um paradig-ma —em construção— alternativo ao paradigma de desenvolvimento. Então, a tecnoci-ência moderna se encontra numa encruzilhada: servir ao Capital ou à vida? Faz-se ur-gente uma descolonização do pensamento condicionado pelo paradigma do desenvol-vimento, para compreendermos a causa da crise planetária e participarmos da constru-ção do Bem Viver, para o que a ciência emergente da Agroecologia é essencial, inclusi-ve no Semiárido Brasileiro, pois o Bem Viver implica construir comunidades felizes com modos de vida sustentáveis. A palestra compartilha um marco histórico-filosófico para inspirar esse processo de descolonização cultural do desenvolvimento e de constru-ção paradigmática do Bem Viver com o apoio imprescindível da Agroecologia.

 

1 Palestra apresentada no 5º Encontro de Extensão, Pesquisa e Inovação em Agroecologia, no IFPB Cam-pus Picuí, em 10/12/2019, que discute o lugar da Agroecologia e do Bem Viver no Semiárido Brasileiro.

2 Natural do Sítio Lava-Pés em Areia-PB, é Engenheiro Agrônomo da UFPB, CCA/Areia-PB, com Mes-trado em Sociologia da Agricultura e Ph.D. em Sociologia da Ciência e Tecnologia. No Núcleo de Agroe-cologia da Na Embrapa Algodão, Campina Grande-PB, é Estrategista da inovação institucional e Pesqui-sador das relações entre a ciência, a tecnologia, a sociedade e a natureza no processo de inovação. E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

 

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