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Os sertões e suas riquezas de cenários e personagens para o turismo temático e o agronegócio

Publicado: Quarta, 13 de Outubro de 2021, 13h49 | Última atualização em Quarta, 13 de Outubro de 2021, 13h49 | Acessos: 139

Por Geraldo Eugênio

JS-DIGITAL-ED-223-NO-CELULAR.pdf (jornaldosertaope.com.br)

De 01 a 31 de Outubro de 2021 • Ano XV - Número 223

O conhecimento dos Sertões tem mostrado que há algo diferente de todos os lugares. Apesar da paisagem seca, cinza e quente entre os meses de setembro e dezembro, não são poucos os personagens que habitam a mente do nordestino e continuam sendo objeto de admiração ou até desconforto para alguns, mas que estão sempre presentes.

Hoje, pretende-se trabalhar com quatro personagens e o que eles representam. O primeiro é Antônio Conselheiro, um sertanejo de Quixeramobim, CE, vagante, desprovido de qualquer vaidade ou bem que pelas circunstâncias de uma vida extremamente dura, andou por vários vilarejos e pequenos distritos do Ceará, indo para as margens do Vaza-Barris, onde estabeleceu o Arraial de Canudos com dezenas de milhares de crentes desesperados pela secas do final do século XIX, por índios abandonados, escravos falsamente alforriados e o povão pobre em geral, estabelecendo uma comunidade em que pregava a solidariedade e que a exercia baseado no evangelho em sua tradução literal.

Um movimento ousado que incomodou um Brasil que se tentava recriar saindo da monarquia para uma república indefinida e na qual a participação do povo era tão insignificante quanto no regime anterior. Foi então que Antônio Conselheiro caiu como uma luva como o anti-herói, o louco, o pervertido, piolhento e sujo que atentava contra o novo regime e junto com seus miseráveis deveriam ser eliminados. Depois de alguns revezes prevaleceu a força, o governo, e sua cabeça pôde, finalmente, ser enviada para estudos um tanto bizarros por especialistas em Salvador.

Aparentemente, findou-se a discussão. Talvez, se não fosse por Euclides da Cunha com os Sertões e Mario Vargas Llosa com a Guerra do Fim do Mundo, duas obras que nenhum nordestino deveria deixar de ler, pouco se saberia sobre o personagem e sua obra. Ao se visitar Canudos e o local onde foi o Arraial, hoje um parque temático sob a responsabilidade da UNEB – Universidade Estadual da Bahia, vendo as reentrâncias do terreno, alguém se sente nas emboscadas e no que foi o corpo a corpo entre os penitentes e os soldados.

O parque é objeto de visitas por centenas de curiosos e por quem se propõe andar nos sertões da infindável Bahia. O povo do local não o esqueceu e ainda se ouve estórias que nos faz sentir orgulhosos desse pregador e seus seguidores.

 

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