Ir direto para menu de acessibilidade.
Página inicial > Educação Contextualizada > Desperdício contínuo e crescimento sem propósito, artigo de Clóvis Cavalcanti (Agosto 2017)
Início do conteúdo da página

Desperdício contínuo e crescimento sem propósito, artigo de Clóvis Cavalcanti (Agosto 2017)

Publicado: Quarta, 23 de Agosto de 2017, 09h16 | Última atualização em Quinta, 20 de Dezembro de 2018, 21h34 | Acessos: 411

É estarrecedora, no Brasil, atualmente, a dimensão dos recursos públicos que são desperdiçados. Uma ferrovia como a Transnordestina, por exemplo, arrasta-se há 15 anos e só tem metade dos seus 1.500 km mais ou menos implantados, sem certas obras complementares básicas que precisam ser feitas. Em apenas 10 anos, e partindo do zero, a China criou uma rede de trens de altíssima velocidade, modernos, em linhas de via dupla (a nossa Transnordestina é de via única), com toda a infra estrutura adicional concluída, rede essa que é maior do que toda a correspondente rede (antiga) da Europa ocidental. Na China, vai-se hoje de Pequim a Shangai, uma distância de 1.318 km, em cinco horas. Em 2007, isso não era possível. A lição que se aprende daí é que os chineses usam bem seu dinheiro. Os brasileiros o carbonizam.

Veja-se o caso da irresponsável Copa do Mundo de 2014, assumida em espasmo de grandiloquência pelos brasileiros. Estádios monumentais caríssimos, superfaturados e, vários, de baixa serventia. A Arena Pernambuco, para citar uma pedra próxima no nosso sapato, em momento de lucidez dos governantes, jamais deveria ter sido construída. Em seu lugar, uma remodelação do Estádio do Arruda, com urbanização da área ao redor, teria sido o caminho mais sensato. A mesma coisa se pode dizer dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. Estive na Paralimpíada. Gostei muito. Belo momento. Só que a sensação era de satisfação naquele instante apenas.

Não dava a ideia de algo que fosse perdurar. Hoje, já se percebe que o dinheiro enterrado ali – e mal enterrado, com a corrupção gigantesca que envolveu o processo – é um ônus duradouro. Não há mágica para uso imprevidente, para desperdício de recursos. Alguém pagará por isso – nunca, porém, o causador da desgraça. Certo mesmo é que, como os recursos da atividade econômica não são ilimitados, desvio, malversação ou desperdício deles implicará um rombo para o futuro. Coisas que poderiam ser executadas por tais recursos serão prejudicadas.

Para ler a matéria completa, clique aqui!

Fim do conteúdo da página

Nós usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação no portal. Ao utilizar o fundaj.gov.br, você concorda com a política de monitoramento de cookies. Para ter mais informações sobre como isso é feito, acesse Política de privacidade. Se você concorda, clique em ACEITO.