JUCA FERREIRA E A CULTURA NO BRASIL
{jcomments on}O ex-ministro da Cultura Juca Ferreira enfrentou atraso no voo, não almoçou, mas mesmo assim fez uma palestra pra lá de descontraída, no último dia 9, na Fundaj Derby.
Ele foi saudado pela diretora de Memória, Educação, Cultura e Arte, Silvana Meireles, e pelo presidente da instituição, Fernando Freire. Juca, que veio ao Recife também para lançar o livro "Cultura pela Palavra", em parceria com o também ex-ministro Gilberto Gil, iniciou a sua fala agradecendo o convite da Fundaj. Sobre Pernambuco, confessou estar encantado com Joaquim Nabuco. "Foi um grande abolicionista", definiu o atual secretário de Cultura da cidade de São Paulo.
Ele lembrou da sua passagem pelo Ministério da Cultura (Minc). "Praticamente, tivemos que começar do zero", resumiu Juca, que, antes de ser ministro, foi auxiliar direto de Gilberto Gil.
Sobre o papel do compositor baiano à frente da pasta, ele afirmou que o prestígio de Gil foi fundamental. " Gil emprestou seu simbolismo para que fizéssemos as mudanças", atestou. O ex-ministro do governo Lula acredita que há muito a se fazer pela cultura nacional. "Nós temos uma grande exclusão cultural, apesar da nossa riqueza cultural. Só 13% dos brasileiros foram uma vez ao cinema. Nosso nível de leitura é de apenas 1,7 livro per capta", enumerou Juca Ferreira, que foi titular do Minc de 2008 a 2010.
A Lei Rouanet, claro, não ficou de fora da fala do gestor. "Oitenta por cento da Lei Rouanet vão para apenas dois Estados - Rio e São Paulo. Isso tem que mudar", sentenciou. Estiveram presentes ao debate a secretária de Cultura do Recife, Leda Alves; o deputado federal Paulo Rubem Santiago (PDT); e a representante do Minc no Estado, Fernanda Laís.
LIVRO
O livro "Cultura pela Palavra" é um lançamento da editora Versal, do Rio de Janeiro, e traz artigos, discursos e entrevistas com os dois autores. Cada exemplar custa R$ 65,00 e está à venda na livraria Cultura (Paço Alfândega, Recife Antigo).
Redes Sociais