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7 - Foice

Publicado: Quinta, 11 de Julho de 2019, 11h07 | Última atualização em Quarta, 17 de Julho de 2019, 11h25 | Acessos: 1047



Ferro e madeira, século XX

Goiana, Pernambuco

A foice de cabo comprido está há 56 anos distanciada de sua função original como instrumento de trabalho na terra. Possui as marcas do uso e do tempo decorrido desde quando foi separada da vida para tornar-se objeto de museu. A foice entrou para a coleção do Museu do Açúcar em 1963, mesmo ano em que este ilustre predecessor do Museu do Homem do Nordeste inaugurou sua sede definitiva no Recife, neste edifício modernista projetado por Carlos Antônio Falcão que hoje é a sede do Muhne. 

Criado em 1960, no Rio de Janeiro, pelo Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA), autarquia federal que promovia a indústria sucro-alcooleira, o Museu do Açúcar tinha como finalidade recolher, classificar e expor objetos relacionados a elementos técnicos e aos aspectos sociais e artísticos que fossem representativos da cultura do açúcar, cultura associada à presença perene da atividade econômica açucareira no Brasil. 

É possível que a foice de cabo comprido tenha sido exibida pela primeira vez na exposição inaugural deste museu, O Açúcar e o Homem, concebida e desenhada por Aloísio Magalhães e Armando de Holanda Cavalcanti. Referida à época como plasticamente bela, a exposição iniciava com a exibição das técnicas de cultivo da cana-de-açúcar e seus instrumentos, e seus autores não se furtaram a inserir referências ao modo de vida do trabalhador rural e do morador de engenho, apresentados em grandes painéis fotográficos. 

Que a permanência da foice em exposição nos faça pensar nas mãos que suportaram o peso de todas as foices, e nos corpos de trabalhadores que empreenderam esforço no cultivo da cana de açúcar para sustentar a pujante economia da secular cultura do açúcar no Nordeste. 

Síntese a partir do texto de autoria de Silvia Barreto  para a publicação 40 Anos em 40 Peças, comemorativa aos 40 anos do Muhne, a ser lançada em breve.

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