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15 - Carrinho de Café

Publicado: Quinta, 11 de Julho de 2019, 11h32 | Última atualização em Quarta, 17 de Julho de 2019, 11h24 | Acessos: 906



Madeira policromada, plástico e ornamentos, 2009

Salvador, Bahia

Nos anos 70, Salvador experimentava o crescimento de um novo tipo de comerciante ambulante, os vendedores de café coado, acondicionado em garrafas térmicas organizadas em caixas de madeira chamadas guias. Ante o inconveniente de carregar essas caixas apareceram as primeiras guias acrescidas de rodas e volantes, para facilitar o deslocamento necessário ao modelo de negócio. Aos poucos, os ambulantes foram acrescentando detalhes a essas guias no intuito de atrair e conquistar os clientes, e para ficarem semelhantes à miniaturas de veículos, especialmente a caminhões. Outros elementos foram sendo acrescentados e além da venda de café, encontramos leite, chocolate, cigarros, isqueiros, cartão de telefone, bombons e chicletes, etc. 

No embelezamento do instrumento de trabalho a principal referência de visualidade da época eram os trios elétricos. Como eles, os carrinhos eram enfeitados com cores vibrantes, plásticos, adesivos e uma série de objetos expostos como uma coleção de tudo. O avanço das tecnologias também permitiu a “eletrificação” dos carrinhos de café, primeiramente com os rádios portáteis (a pilha), e depois, com a incorporação de baterias, tornou-se possível a instalação de aparelhos reprodutores de CD e até televisão. 

A visualidade despertou a atenção não apenas de clientes, mas também de profissionais do mundo das artes e do design, e isto foi traduzido na realização de várias edições de um Concurso de Guias e Carros de Cafezinho. A peça que o Museu do Homem do Nordeste adquiriu em 2009 pertenceu a um colecionador de Arte Popular, Dimitri Ganzelevitch, colecionador de arte, francês nascido no Marrocos e radicado em Salvador desde 1975, que também estava a frente da instituição cultural responsável pela realização dos Concursos, a Associação Cultural Viva Salvador. 

Síntese a partir do texto de autoria de Maurício Antunes para a publicação 40 Anos em 40 Peças, comemorativa aos 40 anos do Muhne, a ser lançada em breve.

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