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28 - Da Lama ao Caos

Publicado: Quinta, 11 de Julho de 2019, 11h57 | Última atualização em Quarta, 17 de Julho de 2019, 11h38 | Acessos: 831



Elizângela das Palafitas (Elizângela Maria do Nascimento)

Madeira, papel e plástico, 2009
Recife, Pernambuco

A obra Da Lama ao Caos da artista plástica pernambucana Elizângela Maria do Nascimento, conhecida como Elizângela das Palafitas, é uma maquete representativa deste tipo de construções habitacionais onde se utilizam material de baixa qualidade, geralmente tábuas refugadas, papelão, pedaços de telhas de amianto, chamadas palafitas. Edificadas sobre pilotis de madeira, às margens dos rios ou em regiões alagadiças, no Recife, essas moradias são facilmente encontradas às margens do Rio Capibaribe, e nelas habitam famílias em condições precárias, insalubres, sem água encanada nem saneamento básico, equilibrando-se sobre os pilotis. 

A peça, datada de 2009, é uma homenagem da artista ao médico e geógrafo Josué de Castro (1908-1973), que dedicou sua produção científica e intelectual ao estudo da fome no Brasil e no mundo, tendo sido um incansável defensor dos direitos humanos, empreendendo combate à fome através de publicações premiadas, como a Geografia da Fome e Geopolítica da Fome, e de ações como a criação da Associação Mundial de Luta contra a Fome - ASCOFAM. 

O Museu do Homem do Nordeste adquiriu Da Lama ao Caos para compor sua exposição de longa duração, visando um contraponto à representação das casas de engenhos açucareiros. Chama atenção a riqueza dos detalhes na composição da obra. Elizângela consegue, com sensibilidade, retratar o modo de vida dessas comunidades ao tempo em que denuncia a enorme desigualdade social e a necessidade de políticas públicas habitacionais, nos fazendo pensar que o direito à moradia na cidade do Recife ainda é uma grave questão social que precisa ser enfrentada. 

Síntese a partir do texto de autoria de Silvana Araújo para a publicação 40 Anos em 40 Peças, comemorativa aos 40 anos do Muhne, a ser lançada em breve.

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