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GLIRICÍDIA - (Gliricidia sepium)

Publicado: Segunda, 17 de Junho de 2019, 09h19 | Última atualização em Segunda, 17 de Junho de 2019, 09h19 | Acessos: 5970

Rafael Silvio Nunes – Engenheiro Agrônomo

 

22/07/2000

 

A gliricídia (Gliricidia sepium) é uma árvore pouco conhecida no Brasil. Nativa do México e da América Central, onde tem nomes como coiote, madre de cacau e mata raton, é usada tradicionalmente nessas regiões para sombrear cafezais e cacaueiros e como suporte em plantações de baunilha. De porte médio, atinge no máximo 15 metros de altura e diâmetro do caule entre 30 e 40 centímetros, As flores possuem cor rósea e aparecem no início da primavera, antes das folhas brotarem, os frutos têm a forma de vagem. O nome gliricídia vem do latim glis (rato) e caedo (matar), referência ao uso popular do pó da casca como veneno para ratos.

 

A planta é de grande potencial agropecuário. Produz biomassa rica em nitrogênio (trata-se de uma leguminosa) e pode ser podada repetidas vezes, rebrotando vigorosamente. É muito adequada para adubação verde e como alimentação forrageira de animais ruminantes (os teores de proteína variam entre 15 e 30%). É tóxica, porém, para cavalos e mulas. Em Sergipe, a Embrapa Tabuleiros Costeiros realizou experimentos de consórcio de gramíneas com a gliricídia, e os resultados, segundo os pesquisadores, foram promissores. Nesse sistema, a árvore tem a função de melhorar a fertilidade do solo e alimentar o rebanho. Durante as chuvas, a gliricídia é pouco aceita pelo gado, que dá preferência às gramíneas. A planta é, então, podada, incorporando sua massa ao solo.

 

Quando chega a seca e diminui a qualidade do capim, a gliricídia torna-se um ótimo complemento alimentar. Em uma pastagem de Brachiaria brizantha consorciada com gliricídia e lotação de 1,8 novilho mestiço nelore por hectare, o ganho de peso dos animais em um ano foi 80% maior do que em um pasto apenas com a Brachiaria (159 quilos contra 88, respectivamente). Outro centro da Embrapa, o de Agrobiologia, em Seropédica-RJ, fez experimentos usando a planta como mourão vivo, que, além da função de cerca, contribui para melhorar o solo e fornece forragens. Essa utilização foi assunto da revista Globo Rural 132, outrubro/96 (“Cercas – Verdes e floridas”).

 

A propagação da espécie pode ser feita por sementes ou estacas de galhos. Há informações na literatura de que a produção de matéria seca em plantas formadas com sementes é maior que nas originadas de estacas. A árvore alcança cerca de 5 metros de altura aos 5 anos de idade e continua crescendo até o oitavo ano, variando com as condições de fertilidade do solo. Para uso na alimentação animal ou como adubo verde, as podas podem começar já aos 2 anos de idade. A gliricídia é bastante resistente à seca (mínimo de 500 milímetros de precipitação anual), mas não suporta geadas. Desenvolve-se com facilidade em larga variedade de solos, não vegetando bem apenas em solos mal drenados e sujeitos a encharcamento. Tolera pH entre 5,5 e 7,0. Testes em solos pobres de Juiz de Fora-MG mostraram crescimento lento.

 

Fones para contato: (81) 3421-2211 (residência), 3227-3911 ramal 268 (trabalho).

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