PEREIRO, MESTRE NA RECUPERAÇÃO DE SOLOS NO SEMIÁRIDO BRASILEIRO: APRENDIZAGENS DE UMA EXPEDIÇÃO CIENTÍFICA (Agosto 2017)
Quando sabemos ler a Caatinga, podemos extrair muitos ensinamentos da sua relação com a natureza. Dentre as muitas árvores nativas do bioma, destacamos as lições aprendidas com o Pereiro (Aspidosperma pyrifolium), planta nativa da Caatinga, sobre recuperação de solos. Essa planta do Semiárido geralmente é encontrada de forma solitária ou em agrupamentos, formando ilhas de recuperação de solo nas paisagens da região.
Em Expedição Cientifica realizada pelo grupo de Desertificação e Agroecologia do Instituto Nacional do Semiárido (Insa/MCTIC) ao Núcleo de Desertificação dos Cariris da Paraíba, realizada em maio de 2016, fomos capazes de ler e observar três estratégias de recuperação dos solos adotadas por essa planta.
A primeira evidenciada foi a formação de uma saia ou gota achatada nos seus primeiros anos de vida, como mecanismos para reter o solo que, em um determinado momento, foi exposto ao Sol, a água, ao vento e às ações do ser humano que semeiam os processos de desertificação. É possível perceber que o Pereiro abraça o solo, funcionando como um chapéu que o protege da incidência solar e da força da água da chuva.
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