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Ibama promete licença para obra do São Francisco

Publicado: Quarta, 05 de Junho de 2019, 15h16 | Última atualização em Quarta, 05 de Junho de 2019, 15h16 | Acessos: 282

 

http://www.aguaonline.com.br/materias.php?id=1754&cid=11&edicao=272

 

12/12/2017

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O diretor de Licenciamento e Qualidade Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Luiz Felippe Kunz Júnior, anunciou que, em 10 dias úteis, o Ibama deve concluir o parecer final sobre a viabilidade técnica e ambiental das obras de transposição das águas do rio São Francisco. A informação foi dada durante audiência pública realizada na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados, depois que o deputado Mendes Thame (PSDB-SP) comentou que a imprensa tem noticiado que a licença para o início das obras seria concedida até a próxima sexta-feira, dia 30."O Ibama não pode apresentar uma decisão sobre a licença para começar as obras de transposição do São Francisco antes de completadas todas as audiências prévias agendada para discutir o assunto e de serem cumpridos todos os 42 condicionantes relacionados pelo próprio Instituto para que o projeto seja liberado", contestou Mendes Thame.O diretor representou o presidente do Ibama, Marcus Barros, na audiência em que foi convidado para discutir a aprovação da licença ambiental prévia e a concessão do estudo e do relatório de impacto ambiental (EIA/Rima) para o projeto de transposição do rio São Francisco. A licença prévia, concedida em abril deste ano, é um dos requisitos para que o Ministério da Integração Nacional dê início ao processo de licitação das empresas que farão as obras, cujo edital foi divulgado no início de maio. A licitação envolve a execução das obras civis, instalação, montagem, testes e comissionamento dos equipamentos mecânicos e elétricos e elaboração de projetos executivos da primeira etapa de implantação do projeto de integração do rio São Francisco com bacias hidrográficas do Nordeste setentrional.Apesar de apenas autorizar a elaboração de um projeto executivo do processo, a licença prévia provocou protestos de ambientalistas, movimentos sociais e parlamentares.Durante o debate, o deputado Mendes Thame criticou os critérios do Ibama utilizados na avaliação ambiental. Entre os pontos que o deputado considera frágeis está o aumento da cunha salina, massa de água salgada que se forma no meio do rio. O fenômeno da salinização, se não for devidamente controlado, alertou Thame, pode tornar a água salobra e afetar o solo e as espécies que dependem do rio, como peixes, anfíbios e répteis. "Tudo isso pode provocar desequilíbrio ecológico", ressaltou o deputado. Kunz Júnior admitiu a possibilidade de crescimento da cunha salina, mas afirmou que o problema ainda será avaliado de forma mais detalhada antes da emissão da licença ambiental definitiva da obra.

Greve de fome pode acelerar votação da PEC

 

O deputado Fernando Ferro (PT-PE) disse há pouco que a greve de fome do bispo Luiz Flávio Cappio contra a transposição das águas do rio São Francisco, que durava 11 dias e terminou hoje (06/10), pode acelerar a votação do relatório sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 524/02. A PEC cria o fundo de revitalização da bacia do São Francisco. "Sem sombra de dúvida, acho que a greve de fome apressou esta Casa e todos os envolvidos neste debate para que o relatório seja votado."Segundo Ferro, que é relator da PEC, o parecer sobre o assunto está pronto há 15 dias. "Infelizmente, nós tivemos resistência do Ministério da Fazenda em relação à parte da arrecadação de tributos da União, com discussões demoradas. Por isso, não é fácil aprová-lo", disse o parlamentar.

 

PEC da revitalização
Está na pauta da Comissão Especial da Câmara dos Deputados, criada para dar parecer sobre a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que cria o Fundo de Revitalização do Rio São Francisco a votação da matéria. O relator da PEC, deputado Fernando Ferro (PT-PE), se disse confiante no consenso para aprovação da proposta. "Mesmo quem é contrário ao projeto de integração de bacias, como os deputados da Bahia, Sergipe e Alagoas, que são estados doadores, concorda que o rio deve ser recuperado e que, para isso, os recursos têm que estar garantidos", explicou.Fernando Ferro apresentou o relatório pela aprovação da emenda à Comissão Especial. O deputado sugere a mudança da fonte dos recursos que formarão o fundo constitucional. Pela proposta que veio do Senado, de autoria do senador Antônio Carlos Valadares (PSB/SE), o fundo seria constituído por 0,5% da arrecadação de impostos federais, administrados pela União. "A Fazenda argumentou que não poderia dispor desse montante", disse o relator.O substitutivo de Fernando Ferro prevê que o fundo será formado por 0,2% da arrecadação federal e 10% dos royalties do setor elétrico pagos como compensação financeira pelo uso dos recursos hídricos na geração de energia elétrica. Ou seja, do total pago pelas empresas do setor pelo direito ao uso da água, 10% serão destinados para o fundo. O deputado acredita que, com essa composição, o fundo poderia dispor de R$ 250 milhões anuais para custear as ações de revitalização do rio São Francisco. Hoje, 90% dos royalties são distribuídos, igualmente, entre estados e municípios atingidos por barragens. Fernando Ferro não vê problemas na redução desse repasse para estados e municípios, já que o dinheiro dos royalties da energia elétrica produzida por barragens entra na conta única do município e não existe uma obrigação legal para que os recursos sejam investidos na recuperação de matas ciliares, tratamento de água e esgoto canalizados para seus rios, entre outras ações de redução dos impactos ambientais.Recentemente, o deputado pediu ao Tribunal de Contas da União (TCU) informações sobre como tem sido usado o dinheiro dos royalties da energia elétrica gerada por barragens, nos municípios e estados. "Sei que só 25% dos municípios atingidos por barragens têm tratamento de esgoto e 15% deles tratam a água", contou Fernando Ferro.
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