Brumadinho: Copasa é autorizada a captar água em novo ponto do Rio Paraopeba; obra começa em outubro
A previsão é que a obra comece em outubro; a medida alivia o risco de desabastecimento de várias cidades, que poderiam ficar sem o fornecimento de água após o rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho.
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Por MG1 — Belo Horizonte
05/09/2019
O Instituto de Gestão das Águas de Minas Gerais (Igam) autorizou que a Companhia de Saneamento do estado (Copasa) faça uma nova captação de água no Rio Paraopeba. A previsão é que a obra comece já em outubro.
A captação no rio está suspensa desde janeiro deste ano. O Rio Paraopeba foi um dos atingidos pela lama que vazou após o rompimento da barragem da mineradora Vale em Brumadinho, no dia 25 de janeiro de 2019.
A nova obra, autorizada em uma em uma portaria do Igam nesta quarta-feira (4), é uma das medidas adotadas para evitar o desabastecimento de água de várias cidades que dependem do Paraopeba.
Veja os 16 municípios abastecidos pelo Rio Paraopeba e atendidos pela Copasa
- Belo Horizonte
- Brumadinho
- São Joaquim de Bicas
- Mário Campos
- Igarapé
- Betim
- Juatuba
- Florestal
- Esmeraldas
- Maravilhas
- Caetanópolis
- Paraopeba
- Pompéu
- Curvelo
- Felixlândia
- Três Marias
Entenda
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Rio Paraopeba em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte — Foto: Thais Pimentel/G1
Este novo ponto fica pouco mais de dois quilômetros acima do Córrego Ferro-Carvão, que foi atingido pela lama e desagua no Paraopeba. Com a autorização, a Copasa pode retirar cinco mil litros de água por segundo do rio.
O sistema será composto por 13,4 quilômetros de redes adutores e seis conjuntos de motobombas para bombear a água até a estação de tratamento de água (ETA) Rio Manso.
O Igam informou que os custos da obra são de responsabilidade da Vale como uma das medidas compensatórias do desastre ambiental em Brumadinho.
A nova captação pode aliviar o risco de desabastecimento e racionamento de água que várias cidades corriam, inclusive Belo Horizonte. A previsão estudada pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara municipal era que a partir de março de 2020 a capital poderia já ficar sem água em alguns bairros.
Em nota, a Vale informou que desde a suspensão da captação de água do Paraopeba vem buscando alternativas tecnicamente viáveis para o caso de um cenário, ainda que remoto, de crise hídrica em Belo Horizonte e região.
Ainda segundo a mineradora, o abastecimento de cidades afetadas tem sido feito normalmente por meio de captações nas represas Serra Azul, Rio Manso, Várzea das Flores e Rio das Velhas.
Recentemente, a Copasa e a Vale firmaram um termo de compromisso, com a intervenção do Ministério Público, onde a mineradora se compromete a criar o novo sistema de captação de água no Rio Paraopeba.
A Vale ainda afirmou que, conforme este compromisso, o prazo limite para a conclusão das obras é setembro de 2020, mas que está trabalhando junto à Copasa para terminar no menor prazo possível.
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