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Pesquisadores apresentam dados e os impactos ao Rio São Francisco e à população pós-Brumadinho em debate na Fundaj

Publicado: Segunda, 13 de Julho de 2020, 10h46 | Última atualização em Segunda, 13 de Julho de 2020, 10h47 | Acessos: 259

A programação é composta por quatro mesas-redondas

 

https://www.ufpe.br/agencia/noticias/-/asset_publisher/VQX2pzmP0mP4/content/pesquisadores-apresentam-dados-e-os-impactos-ao-rio-sao-francisco-e-a-populacao-pos-brumadinho-em-debate-na-fund-1/40615 

Universidade Federal de Pernambuco 

Da assessoria da Fundaj 

21/03/2019

O avanço da contaminação dos rejeitos após o rompimento da barragem de Brumadinho será debatido por especialistas na Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). O Seminário Pós-Brumadinho, impactos para o Rio São Francisco será realizado nos dia 28 e 29 deste mês, das 9h às 15h45, no Cinema do Museu, no Campus Casa Forte da Fundaj. Pesquisadores divulgarão, após trabalho de campo, o resultado da análise das 36 amostras que foram coletadas nos leitos dos Rios São Francisco e Paroepeba, na represa de Três Marias. 

Uma nova nota técnica de pesquisa emergencial “Monitoramento Geoespacial da Contaminação do Rio São Francisco Pós-Brumadinho” também será lançada por Neison Freire, coordenador do seminário e supervisor do Centro Integrado de Estudos Georreferenciados (CIEG) da Fundação. “Vamos apresentar também o trabalho de campo que fizemos durante uma semana em Brumadinho", destacou. 

O vice-presidente do Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Caatinga (CNRBCAAT) e especialista em Gestão Ambiental do Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas, Afrânio Farias de Menezes, divulgará os resultados das 36 amostras que foram coletadas nos leitos dos Rios São Francisco e Paraopeba, na represa de Três Marias. 

Além de apresentar os últimos estudos desenvolvidos sobre a tragédia de Brumadinho, o seminário servirá para discutir, sobre diversos pontos de vistas e áreas de conhecimento, o meio ambiente, a saúde pública, os recursos hídricos e a economia. “O seminário vai enfatizar como os desdobramentos de Brumadinho podem afetar o Rio São Francisco", ressaltou Neison Freire.

A programação é composta por quatro mesas-redondas. A primeira foca nos aspectos e repercussões territoriais do desastre. Será dirigida pela coordenadora do Centro de Estudos em Dinâmicas Sociais e Territoriais (Cedist) da Fundaj, Edilene Pinto. “Essa mesa enfoca particularmente o Rio São Francisco, um dos mais importantes rios brasileiros. Abrange uma região que já é bastante sacrificada pelas condições climáticas que é o Semiárido brasileiro. Além da sua importância na economia devido à produção agrícola e de energia, a bacia do rio com seus afluentes garante a sobrevivência da fauna e flora de uma região que compreende três biomas: caatinga, cerrado e mata atlântica”, disse. 

O tema da segunda mesa será o uso e o risco da água. O professor William Severi, do Departamento de Engenharia de Pesca da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) será o coordenador. O pesquisador João Suassuna, da Fundaj, participa do debate explicando os processos de degradação ambiental no Rio São Francisco. “Os principais assuntos abordados por mim serão os esgotos que estão sendo lançados, o desmatamento, a progressão da cunha salina e os usos descontrolados das águas de subsolos e dos principais aquíferos”, comentou Suassuna. 

A penúltima mesa mostra como as pessoas estão vivendo na região do desastre em Minas Gerais, além dos impactos locais, ações e reações da sociedade. Será coordenada pela professora Cynthia Suassuna, do Departamento de Ciências Jurídicas da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap). Participam desse debate Marluce Pereira, gerente de Desigualdades da Prefeitura Municipal de Pompéu, em Minas Gerais; Josemar Durães, do Movimento de Pescadores Artesanais de Minas Gerais; e Karine Guedes Ramos, coordenadora regional do Movimento dos Atingidos pelas Barragens (MAB/MG). 

Já a mesa de debate sobre os impactos econômicos e sociais do desastre ambiental de Brumadinho será dirigida pela pesquisadora Isabel Raposo, da Fundação. “Passados dois meses da tragédia, é importante a gente lembrar que a extensão desse desastre, infelizmente, pode deixar sequelas em médio e longo prazos, caso se comprove a contaminação das águas da Bacia do São Francisco. Do ponto de vista econômico, várias cadeias produtivas que utilizam as águas dessa bacia como insumo de produção podem ter suas atividades comprometidas. Todo esse debate é fundamental para definir ferramentas que auxiliem no gerenciamento de riscos”, disse.

 

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