Ir direto para menu de acessibilidade.
Página inicial > Revitalização de Bacias > No Lago de Sobradinho “mar virou sertão” (Abril 2018)
Início do conteúdo da página

No Lago de Sobradinho “mar virou sertão” (Abril 2018)

Publicado: Quarta, 04 de Abril de 2018, 14h12 | Última atualização em Quinta, 20 de Dezembro de 2018, 21h36 | Acessos: 390

PILÃO ARCADO, BAHIA - Mailda mora fora do mapa. Tem 23 anos e vive num lugar que oficialmente não existe há quatro décadas. Como gerações de mulheres por mais de três séculos antes dela, todos os dias carrega latas d’água na cabeça para a família. Imersos num passado apagado dos mapas e ressuscitado por estiagens, ela, o marido pescador e os três filhos habitam as ruínas de Pilão Arcado, uma das cidades submersas nos anos 70 do século XX pelo lago da hidrelétrica de Sobradinho, no Rio São Francisco, na Bahia.

No que eram ruas, casas antigas rachadas e desbotadas coexistem com casebres contemporâneos sem pintura, onde o luxo se traduz em cadeirinhas de plástico. A cor vem do amarelo de catingueiras e malvas, que à primeira chuva se abrem em flor. Ninguém mais é enterrado no cemitério. Os túmulos foram quebrados pelas águas, violados depois pelos bichos e nunca mais fechados. Jazem abertos, ossos à mostra, relegados ao descaso e ao esquecimento. Som, só o do vento e do canto do acauã, o gavião que no imaginário nordestino e na composição homônima de Luiz Gonzaga agoura as tardes e chama a seca para o sertão.


Confira o artigo completo aqui!

Fim do conteúdo da página

Nós usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação no portal. Ao utilizar o fundaj.gov.br, você concorda com a política de monitoramento de cookies. Para ter mais informações sobre como isso é feito, acesse Política de privacidade. Se você concorda, clique em ACEITO.