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A polêmica transposição espanhola / Tajo - Segura

Publicado: Quarta, 05 de Junho de 2019, 15h17 | Última atualização em Quarta, 05 de Junho de 2019, 15h17 | Acessos: 634

http://www.aguaonline.com.br/materias.php?id=1756&cid=3&edicao=272

 

Água Online

 

Outubro de 2009

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Com as barragens em um dos níveis mais baixos de sua história (13,5% de sua capacidade), o Governo de Zapatero terá que voltar a tomar esta semana uma polêmica decisão sobre a transposição Tajo-Segura. Como ocorreu em julho, não será fácil contentar Múrcia e Castilla-La Mancha, pois as divergências estão em ponto de ebulição. Enquanto o Governo de Valcárcel considera indispensável uma transposição de 76.000.000 de metros cúbicos para tentar aliviar os efeitos da seca, o Executivo de Barreda rechaça qualquer derivação que não seja para abastecimento humano e ameaça interpor novos recursos. De momento, a Confederação Hidrográfica de Segura respalda parcialmente a petição dos irrigantes de Múrcia e Alicante, que reclamam 76.000.000 de metros cúbicos de água do Tajo para o próximo trimestre, embora a estimativa seja de que os excedentes nos banhados que alimentam as nascentes não superarão os 80.000.000 de metros, 40 dos quais estão destinados ao abastecimento da população. O comitê de bacia disse que as necessidades de água do Tajo somam 50.000.000 metros. Esta é a recomendação que a Confederação fará chegar aos membros da Comissão Central de Exploração do Aqueduto Tajo-Segura. Como ocorreu no mês de junho, a Comissão não tomará nenhuma decisão, mas levará um informe ao Conselho de Ministros para que decida sobre os 80.000.000 de metros de excedentes que se preveem a partir de 1º de outubro. Enquanto se trava uma verdadeira guerra de ações e liminares judiciais o recém nomeado vice-presidente da Junta de Comunidades, Emiliano García-Page, deixou claro que seria "temerária e insuportável" una nova derivação que não seja para abastecimento humano. Novas alternativasA Associação Espanhola da Água, organização empresarial que agrupa a construtoras de infra-estrutura hidráulica, defendeu a dessalinização, o estudo e a utilização de águas subterrâneas e o uso racional e eficiência no consumo tanto urbano como na irrigação como solução para o problema da seca.

Eles consideram que para enfrentar a seca a melhor arma é a prevenção, e as medidas devem ser adotadas quando chove intensamente. "As águas subterrâneas são um recurso valioso para a luta contra a seca", assinala a associação. O engenheiro de Minas Gálvez-Cañero denunciou que "as águas subterrâneas na Espanha são um grande recurso natural paralisado por fortes interesses econômicos e políticos" e criticou que o Governo anterior "marginalizou as águas subterrâneas" e defendeu a transposição do Ebro "uma obra que nunca será feita pela contestação social que vai gerar, como nem mesmo pode ser feita com a ditadura". Outro ponto defendido é a instalação de dessalinizadoras cuja segurança de abastecimento supera a de represas, transposição ou exploração de aqüífero". O presidente da Associação Espanhola de Água criticou o fato de que prefeitos de cidades costeiras e alguns irrigantes continuem usando irrigação por inundação em lugar de modernizar adotando o gotejamento.No caso de que, como em Madrid, não se possa extrair e potabilizar a água do mar, esta associação reclama uma campanha mais eficaz de economia de água. E defende que o uso racional e economia de água deveria ser o primeiro passo nas políticas de água em todos os territórios, assim como a reutilização, sugerindo que o Governo lidere uma campanha sob o lema: 'Economize água sempre mesmo que sobre. Água usada contamina aquíferos, rios e mares'. A associação também pede que se tenha em conta a ordenação do território nas políticas da água. Seu presidente denunciou que em Levante "a construção destruiu a costa sem se preocupar com o meio ambiente" e alerta que "não se pode solucionar o problema da Galícia destruindo a costa". Na reforma da Lei de Águas defendida pela associação deveria ser levada em conta "como prioridade a conservação da natureza e a máxima proteção ao meio ambiente". Fonte: imprensa espanhola e Hispagua


A defesa da transposição do São Francisco
Rio São Francisco detém 75% da água disponível no Nordeste, diz coordenador do projeto de integração.

O Rio São Francisco, descoberto há 502 anos, "detém cerca de 75% da água disponível no Nordeste e a região tem apenas 3% da água disponível do Brasil inteiro", sustenta Pedro Brito, coordenador geral do projeto de integração do rio às bacias hidrográficas do Nordeste Setentrional. "O São Francisco é importante não só para os Estados por onde passa, mas também para os que vão receber água por meio do projeto", acrescentou.

Em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional AM, Brito lembrou que o projeto possibilitará levar água a 12 milhões de nordestinos. "Serão construídos dois canais, aquedutos, túneis e reservatórios. Um canal vai sair perto da cidade de Cabrobó, em Pernambuco, em direção ao Ceará, Rio Grande do Norte e a Paraíba. Esse chamado Eixo Norte tem uma extensão de cerca de 410 quilômetros e será necessária uma elevação de 180 metros para que a água saia da bacia do São Francisco e entre nas bacias desses Estados", explicou.

O outro canal, chamado de Eixo Leste, sai da Barragem de Itaparica, em direção a Pernambuco e à Paraíba, segundo Pedro Brito. "São 220 quilômetros aproximadamente e a elevação deverá ser de 300 metros para a água cair na bacia do Rio Paraíba. A água será levada através dos canais e jogada em grandes reservatórios já construídos nos estados, onde mais de 2 mil quilômetros de adutoras a redistribuirão", informou.

O coordenador disse que já foram investidos cerca de R$ 100 milhões em obras de revitalização do São Francisco. "O rio sofreu ao longo de 15 anos de mau uso, está degradado, porque foram cortadas praticamente todas as matas que ficam nas margens. E são 250 municípios e comunidades ribeirinhas que jogam esgoto, poluindo o rio", acrescentou.

Segundo Pedro Brito, o projeto "vai tirar apenas 26 metros cúbicos de água do rio por segundo – é um filete de água se comparado ao mar que é o São Francisco". O rio tem uma vazão média de 2.850 metros cúbicos na foz e o projeto "não trará prejuízo às populações ribeirinhas, como inundações, por exemplo".

A ONU - Organização das Nações Unidas, lembrou o coordenador, determina a existência de uma disponibilidade mínima de 1.000 metros cúbicos de água por habitante/ano. Na região Nordeste, a média é de apenas 450 metros cúbicos por habitante/ano e atualmente está com menos da metade. "Nós vamos criar um rio de 1.700 quilômetros. É um benefício muito importante para uma região que não tem recursos hídricos e não tem como sobreviver quando acontece uma seca", concluiu.

Fonte: Agência Brasil
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