Projeto São Francisco, o mistério do preço da água
70% do custo da água do Projeto São Francisco ou da usina de dessalinização são relativos à energia elétrica.
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Diário do Nordeste
31/08/2019

Afinal, quanto custará para cearenses, potiguares, paraibanos e pernambucanos a água do Projeto São Francisco de Integração de Bacias?
Esta pergunta continua sem resposta.
O Governo Federal – que nem definiu, ainda, qual organismo terá a gestão do projeto a partir de sua muito próxima conclusão – segue fazendo cálculos.
O último deles – feito por técnicos da Agência Nacional de Águas (ANA) – indicou o valor de R$ 0,51 (cinquenta e um centavos) por m³. “É muito caro”, disse a esta coluna um fruticultor.
Se comparado, porém, com o preço da água que virá (ninguém sabe quando) da futura usina de dessalinização da água do mar que a Cagece promete construir no litoral da Grande Fortaleza, a água do Rio São Francisco custará muito pouco.
A água a ser dessalinizada pela Cagece terá um custo estimado em até US$ 0,80 (oitenta centavos de dólar) por m³, o que, pela cotação de ontem, significa R$ 3,32.
O consumidor doméstico da periferia de Fortaleza não terá condição de encarar esse custo; o da Aldeota, o bairro mais rico da cidade, com certeza protestará; e o CEO de uma fábrica de cerveja ou de refrigerante recorrerá à Justiça contra essa tarifa.
Um detalhe: 70% do custo da água do Projeto São Francisco ou da usina de dessalinização são relativos à energia elétrica.
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