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Editorial do JC: A transposição do São Francisco não é um elefante branco

Publicado: Quarta, 20 de Novembro de 2019, 15h44 | Última atualização em Quarta, 20 de Novembro de 2019, 15h44 | Acessos: 306

Em Pernambuco, 300 mil pessoas são beneficiadas atualmente com a transposição. 

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JC Online 

03/09/2019

Não dá para abandonar a transposição. Não dá para jogar para futuro incerto e não sabido o calvário de 53 milhões de brasileiros 

O bombeamento de água do Rio São Francisco para alimentar o Eixo Leste da transposição foi um acontecimento histórico que pouco mais de um ano depois começa a se candidatar a um lugar nos anais da história que deveria ter sido na Paraíba e, principalmente, no Sertão nordestino. O que se viu em Monteiro foi uma alegria compartilhada entre paraibanos e pernambucanos, que corriam pelas estradas acompanhando o percurso das águas do São Francisco, reproduzindo em uma grande festa popular a profecia de conselheiro: o Sertão vai virar mar. 

Não virou. Pelo contrário, como diz o professor da UFPE e ex-secretário-executivo de Recursos Hídricos de Pernambuco José Almir Cirilo “são oito anos de seca. Por isso, é cada vez mais fundamental que a obra da Transposição do Rio São Francisco seja concluída e não é só a celeridade para a conclusão das obras que tem sido colocada em discussão. Problemas estruturais em alguns trechos, paralisação do bombeamento, priorização do uso da água e os custos de energia para transportar a água do Rio São Francisco também estão em pauta”. 

Em Pernambuco, 300 mil pessoas são beneficiadas atualmente com a transposição. No entanto, o sistema que alimenta a Barragem do Moxotó também teve bombeamento suspenso pelo Ministério do Desenvolvimento Regional desde o dia 16 de agosto. “Quando a água deixa de ser bombeada por um longo período, reflete diretamente no nível da barragem do Moxotó. Com a suspensão, a água acumulada atualmente (40%, ou seja, 600 milhões de metros cúbicos) será suficiente para, no máximo, 20 dias de autonomia”, alertou a Compesa. 

Essa é mais uma ameaça que pesa sobre o povo sertanejo, sujeito a uma história de secas e calamidades. Muitos sobreviventes correm para regiões onde supõem haver condições de habitação, trabalho e todos os demais serviços sociais previstos na Constituição mas terminam engrossando a faixa de excluídos nas periferias, transpondo a miséria do Sertão para as capitais, principalmente. 

S.O.S Transposição 

O protesto “S.O.S Transposição”, em Monteiro, encabeçado pelo ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho (PSB), é em tudo por tudo pertinente. Não dá mais para jogar para futuro incerto e não sabido o calvário de 53 milhões de brasileiros. “Esse ato nasceu da necessidade de não se permitir que uma obra tão estratégica e estruturante para o Nordeste se perca nessa bizarrice do Brasil. O que nós precisamos é que as bombas sejam ligadas e as obras concluídas. Parece que querem deixar abandonado para depois virem com discurso de que a transposição é um grande elefante branco”, afirmou Coutinho ao JC.

 

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