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Situação volumétrica dos reservatórios das hidrelétricas da CHESF – 30/11/2018

Publicado: Sexta, 07 de Dezembro de 2018, 09h38 | Última atualização em Quinta, 20 de Dezembro de 2018, 21h38 | Acessos: 378
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Represa de Sobradinho, BA

Estamos iniciando uma atividade semanal de informação, aos interessados, dos estágios em que se encontram os níveis de acumulações volumétricas dos principais reservatórios da Chesf, na bacia do rio São Francisco. No caso específico da região do Submédio São Francisco - local onde é gerada a maior parte da energia elétrica do Nordeste - os reservatórios, principalmente o de Sobradinho, acumulam água no período de novembro a abril, paradisponibilizarem os volumes acumulados, no processo de regularização das vazões do Velho Chico, no período de maio a outubro. Estamos no dia 30/11/2018, portanto, em período no qual os reservatórios estão na fase deacumulação volumétrica.


30/11/2018

Reservatório
Data
Afluência m³/s
Defluência m³/s
Volume atual
(%)
Volume ano anterior (%)
Três Marias
28/11
1.364
99
41,19
7,78
Sobradinho
29/11
1.700
735
23,77
2,71
Itaparica
29/11
480
552
26,44
10,51
Xingó*
29/11
660
626
-
-

* - Não há percentuais acumulados, tendo em vista o rio correr, em seu leito, a fio d´água

23/11/2018

Reservatório
Data
Afluência m³/s
Defluência m³/s
Volume atual
(%)
Volume ano anterior (%)
Três Marias
21/11
606
101
37,24
6,40
Sobradinho
22/11
1.380
733
22,17
2,24
Itaparica
22/11
730
656
25,51
12,14
Xingó*
22/11
660
626
-
-

* - Não há percentuais acumulados, tendo em vista o rio correr, em seu leito, a fio d´água
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Fonte: Chesf
Fonte: ANA
Sobre o assunto
Reportagens do Jornal da Band tratam das consequências das estiagens nos reservatórios das hidrelétricas do país
COMENTÁRIOS
João Suassuna – Pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco
As chuvas estão ocorrendo normalmente na bacia do Rio São Francisco.Continuaremos os informes volumétricos semanais, obtidos nos postos de observações localizados ao longo de sua bacia; das capacidades das represas de Três Marias, Sobradinho e Boqueirão de Cabaceiras (fonte de abastecimento de Campina Grande), bem como da situação volumétrica das principais represas geradoras de energia do País.
Com o período chuvoso em vigência na bacia do São Francisco, as vazões do rio se encontram em fase de elevação. Com isso, as represas existentes na calha do rio tendem ao aumento de suas capacidades. Três Marias, por exemplo, está com uma afluência de 1.364 m³/s (na semana passada estava em 606 m³/s) e uma defluência de 99 m³/s (na semana passada estava em 101 m³/s). Esse balanço volumétrico resultou na elevação do percentual de sua capacidade para 41,19%. Na semana anterior Três Marias estava em 37,27%. Um aumento de 3,92% em uma semana.
A afluência de Sobradinho subiu para 1.700 m³/s (na semana anterior era de 1.380 m³/s). A defluência da represa voltou a se estabilizar no patamar de 735 m³/s (na semana anterior era de 733 m³/s). Nas condições atuais de gestão hídrica, Sobradinho apresentou discreto aumento no seu percentual volumétrico. Atualmente, a represa está com 23,77% (na semana anterior estava com 22,17%). Portanto, um aumento de 1,60 % em uma semana.
O percentual das capacidades dos reservatórios das regiões Centro Oeste/Sudeste (os mais importantes do País em termos de geração elétrica) obteve um discreto aumento, estando atualmente em 24,09 – 28/11/2018Na semana anterior era de 21,64%22/11/2018 (dados ONS). Um aumento de 2,45% em uma semana, com as tarifas de energia sendo cobradas fazendo-se uso da “bandeira vermelha”.
Na Paraíba, o abastecimento de água de Campina Grande voltou à normalidade. Os reparos nos açudes de Poções e Camalaú, que recebem as águas da transposição, foram concluídos. Apesar da conclusão das obras, as águas do Rio São Francisco estão abastecendo o açude de Poções com baixa intensidade volumétrica. Esse quadro começou a ser agravado com o início do abastecimento do município pernambucano de Pesqueira, com as águas do São Francisco. Segundo informações do poder público local, a diminuição da vazão no açude de Poções resultará, fatalmente, em atrasos na chegada das águas do São Francisco no açude de Boqueirão de Cabaceiras. Segundo previsões otimistas das autoridades, as águas do Velho Chico chegarão à represa de Boqueirão, no ano vindouro. A represa de Boqueirão encontra-se, no momento, em processo de depreciação volumétrica, em consequência do encerramento da quadra chuvosa na bacia do rio Paraíba e da insuficiência de vazões da Transposição para o interior da represa. Segundo a Aesa, na semana (30/11), o percentual volumétrico total de Boqueirão é de cerca de 24,14% (na semana anterior era de 24,99%). Portanto, houve uma queda percentual em sua capacidade de cerca de 0,85%, em uma semana. Quando descontados, daquele total, o percentual equivalente ao volume morto da represa (8,20%), Boqueirão totaliza um volume útil de apenas 15,94%. Um volume que preocupa para o atendimento das demandas hídricas de uma população estimada em cerca de 800 a um milhão de pessoas (a população de Campina Grande e mais 18 municípios de seu entorno).
Prevendo o quadro de instabilidade volumétrica da represa de Boqueirão, o Dnocs interrompeu parcialmente a sua defluência, em direção à represa de Acauã, estando esta atualmente em cerca de 0,4 m³/s. Acauã encontra-se com percentual volumétrico total de cerca de 8,04% (30/11). Na semana anterior era de 8,48%. Houve, portanto, uma queda no percentual acumulado da represa de cerca de 0,44%, em uma semana. Quando descontados daquele total, o percentual equivalente ao seu volume morto (8,00%), a represa perfaz um volume útil de apenas 0,04% (na semana anterior era de 0,48%), para o atendimento das demandas hídricas de 14 municípios do Estado. É provável que na próxima semana a represa de Acauã entre em volume morto.
Em relação ao Eixo Norte do projeto, começou a fase de testes de bombeamento, tendo havido, na semana de 24/08, alguns vazamentos em trechos do canal próximos a Salgueiro (PE), o que exigiu, por parte do poder público, medidas para a solução do problema. Existe previsão de o governo concluir a obra até o final de dezembro de 2018, um prazo pouco provável diante das instabilidades políticas de início de novo governo.
Com as chuvas ocorridas no decorrer da semana, houve elevações e decréscimos nas vazões no rio ao longo de toda bacia hidrográfica. A seguir, são informados os volumes que fluíram nos postos de observações volumétricas existentes entre Três Marias e a foz do Velho Chico, na semana em curso (30/11). Na UHE de Três Marias, que na semana passada estava em 101 m³/s, nessa semana caiu para 99 m³/s. No posto de São Romão, que na semana anterior estava com 1.042 m³/s, na atual subiu para 1.475 m³/s; no de São Francisco, que na semana anterior estava com 1.260 m³/s, na atual subiu para 1.922 m³/s; no de Bom Jesus da Lapa, que na semana anterior estava com 1.764 m³/s, na atual caiu para 1.320 m³/s; no posto de Morpará, que na semana anterior estava com 2.018 m³/s, nessa semana caiu para 1.634 m³/s; no posto de Juazeiro, que na semana passada estava com 774 m³/s, na atual caiu para 765 m³/s e em Propriá, que na semana anterior estava com 712 m³/s, na atual caiu para 701 m³/s.
Abaixo, as informações dos postos de mensuração de vazões do rio, sob a responsabilidade da Chesf, a fim de que se tenha uma ideia dos volumes afluentes na represa de Sobradinho nos próximos dias, bem como as vazões no Submédio e Baixo São Francisco:
Dia 30/11: UHE Três Marias (controle das defluências de Três Marias) 99 m³/s; São Romão – 1.475 m³/s; São Francisco – 1.922 m³/s; Bom Jesus da Lapa – 1.320 m³/s e Morpará – 1.634 m³/s; Juazeiro (controle das defluências de Sobradinho) 765 m³/s; Propriá (controle das defluências de Xingó) 701 m³/s. (dados da Chesf)
Dia 23/11: UHE Três Marias (controle das defluências de Três Marias) 101 m³/s; São Romão – 1.042 m³/s; São Francisco – 1.260 m³/s; Bom Jesus da Lapa – 1.764 m³/s e Morpará – 2.018 m³/s; Juazeiro (controle das defluências de Sobradinho) 774 m³/s; Propriá (controle das defluências de Xingó) 712 m³/s. (dados da Chesf)
Dia 16/11: UHE Três Marias (controle das defluências de Três Marias) 166 m³/s; São Romão – 1.876 m³/s; São Francisco – 2.151 m³/s; Bom Jesus da Lapa – 1.154 m³/s e Morpará – 968 m³/s; Juazeiro (controle das defluências de Sobradinho) 850 m³/s; Propriá (controle das defluências de Xingó) 677 m³/s. (dados da Chesf) 
Dia 09/11: UHE Três Marias (controle das defluências de Três Marias) 178 m³/s; São Romão – 789 m³/s; São Francisco – 843 m³/s; Bom Jesus da Lapa – 840 m³/s e Morpará – 965 m³/s; Juazeiro (controle das defluências de Sobradinho) 797 m³/s; Propriá (controle das defluências de Xingó) 715 m³/s. (dados da Chesf) 
Dia 05/11: UHE Três Marias (controle das defluências de Três Marias) 196 m³/s; São Romão – 622 m³/s; São Francisco – 685 m³/s; Bom Jesus da Lapa – 870 m³/s e Morpará – 861 m³/s; Juazeiro (controle das defluências de Sobradinho) 802 m³/s; Propriá (controle das defluências de Xingó) 658 m³/s. (dados da Chesf) 
Dia 26/10: UHE Três Marias (controle das defluências de Três Marias) 298 m³/s; São Romão – 631 m³/s; São Francisco – 690 m³/s; Bom Jesus da Lapa – 541 m³/s e Morpará – 520 m³/s; Juazeiro (controle das defluências de Sobradinho) 797 m³/s; Propriá (controle das defluências de Xingó) 715 m³/s. (dados da Chesf) 
Comportamento das vazões do Rio São Francisco, nos postos de observação de São Romão, São Francisco, Bom Jesus da Lapa, Morpará, Juazeiro e Propriá, de maio de 2018 a outubro de 2018.
Comportamento das vazões do Rio São Francisco, nos postos de observação de São Romão, São Francisco, Bom Jesus da Lapa e Morpará, de novembro de 2017 a abril de 2018.
Comportamento das vazões do Rio São Francisco, nos postos de observação de São Romão, São Francisco, Bom Jesus da Lapa e Morpará, de maio de 2017 a outubro de 2017.
Comportamento das vazões do Rio São Francisco, nos postos de observação de São Romão, São Francisco, Bom Jesus da Lapa e Morpará, de novembro de 2016 a abril de 2017.
Comportamento das vazões do Rio São Francisco, nos postos de observação de São Romão, São Francisco, Bom Jesus da Lapa e Morpará, de junho a outubro de 2016.
Comportamento das vazões do Rio São Francisco, nos postos de observação de São Romão, São Francisco, Bom Jesus da Lapa e Morpará, de fevereiro a maio de 2016.
Comportamento das vazões do Rio São Francisco ao longo dos anos
2012
2013
2014
2015
2016
2017
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