São Francisco. Usuários voltarão a captar água normalmente a partir de dezembro
Duas vezes por mês, desde junho deste ano, os usuários de recursos hídricos do Rio São Francisco e afluentes federais vêm deixando de captar água, exceto para abastecimento humano e para matar a sede de animais.
Acesse a matéria, na íntegra, no endereço abaixo
Jamildo
26/11/2018

Transposição do Rio São Francisco (Foto: Ministério da Integração Nacional)
Sobre o assunto
Águas do Açude de Boqueirão serão usadas apenas para consumo humano; afirma AESA
http://www.suassuna.net.br/2018/11/aguas-do-acude-de-boqueirao-serao.htmlCagepa poderá captar 1.300 litros d´água por segundo em Boqueirão de Cabaceiras
http://www.suassuna.net.br/2018/11/cagepa-podera-captar-1.htmlCOMENTÁRIOS
João Suassuna – Pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco
Nunca é demais lembrar do problema existente na região Semiárida do País, de ausência quase que completa de gestão hídrica em seus principais mananciais, principalmente os localizados na bacia hidrográfica do Rio São Francisco. Refiro-me ao aquífero Urucuia, responsável direto por mais da metade da vazão de base do rio, que aflui na represa de Sobradinho. Ocorre que os usos exacerbados desse aquífero, no extremo Oeste da Bahia, frequentemente têm interrompido os fluxos de base em direção à calha do Velho Chico, causando sérios transtornos de falta de água à população ribeirinha que vive às suas expensas e, principalmente, à geração de energia sob a responsabilidade da Chesf. Autorizar simplesmente o uso das águas do Rio São Francisco, só porque o regime das chuvas está voltando à normalidade na região, não é uma atitude sensata. Tem que haver um “plano B” de uso dessas águas, devido, principalmente, as enormes possibilidades da ocorrência do fenômeno El Niño, em 2019. Como todos sabem, o El Niño traz consequências danosas ao regime hídrico da região Semiárida nordestina, influenciando sobremaneira na reservação volumétrica de suas águas, principalmente nas regiões aquíferas das bacias. Entender melhor o Urucuia, principalmente no tocante ao seu tempo de recarga com as chuvas caídas, e aos quantitativos volumétricos que estão sendo retirados do seu subsolo, com as pesadas irrigações ali praticadas, deveriam ser práticas constantemente perseguidas. Água é um bem natural finito, a sua busca tem que ser realizada com planejamento e o seu uso comedido e com muita parcimônia!
Redes Sociais