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Situação volumétrica dos reservatórios das hidrelétricas da CHESF – 19/10/2018

Publicado: Quarta, 24 de Outubro de 2018, 09h26 | Última atualização em Quinta, 20 de Dezembro de 2018, 21h38 | Acessos: 270
Resultado de imagem para Reservatório de Sobradinho
Represa de Sobradinho, BA

Estamos iniciando uma atividade semanal de informação, aos interessados, dos estágios em que se encontram os níveis de acumulações volumétricas dos principais reservatórios da Chesf, na bacia do rio São Francisco. No caso específico da região do Submédio São Francisco - local onde é gerada a maior parte da energia elétrica do Nordeste - os reservatórios, principalmente o de Sobradinho, acumulam água no período de novembro a abril, paradisponibilizarem os volumes acumulados, no processo de regularização das vazões do Velho Chico, no período de maio a outubro. Estamos no dia 19/10/2018, portanto, em período no qual os reservatórios estão numa fase dedisponibilização volumétrica.


19/10/2018

Reservatório
Data
Afluência m³/s
Defluência m³/s
Volume atual
(%)
Volume ano anterior (%)
Três Marias
18/10
124
289
33,16
10,24
Sobradinho
18/10
360
741
23,77
3,71
Itaparica
18/10
330
257
22,53
16,09
Xingó*
18/10
590
624
-
-

* - Não há percentuais acumulados, tendo em vista o rio correr, em seu leito, a fio d´água

15/10/2018

Reservatório
Data
Afluência m³/s
Defluência m³/s
Volume atual
(%)
Volume ano anterior (%)
Três Marias
10/10
99
290
33,94
10,78
Sobradinho
14/10
330
744
23,84
3,93
Itaparica
14/10
920
614
22,53
16,65
Xingó*
14/10
600
558
-
-

* - Não há percentuais acumulados, tendo em vista o rio correr, em seu leito, a fio d´água
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Fonte: Chesf
Fonte: ANA
Sobre o assunto
Reportagens do Jornal da Band tratam das consequências das estiagens nos reservatórios das hidrelétricas do país
COMENTÁRIOS
João Suassuna – Pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco
O período é de estiagem na bacia do Rio São Francisco. As vazões do rio encontram-se baixas. Iremos nos limitar a informar, doravante, os seus volumes nos postos de observações volumétricas; as capacidades das represas de Três Marias, Sobradinho e Boqueirão de Cabaceiras (fonte de abastecimento de Campina Grande), bem como a situação volumétrica das principais represas geradoras de energia do País.
Como o período é de estiagem na bacia do São Francisco, as vazões do rio estão em fase de declínio, com tendência à estabilização em patamares muito baixos. Com isso, as represas existentes na calha do rio tendem à redução de suas capacidades. Três Marias, por exemplo, está com uma afluência de 124 m³/s (na semana passada estava em 99 m³/s) e uma defluência de 289 m³/s (na semana passada estava em 290 m³/s). Esse balanço volumétrico resultou na redução do percentual de sua capacidade para 33,16%. Na semana anterior Três Marias estava em 33,94%. Uma redução de 0,78% em uma semana.
A afluência de Sobradinho subiu para 360 m³/s (na semana anterior era de 330 m³/s). A defluência da represa voltou a se estabilizar no patamar de 741 m³/s (na semana anterior era de 744 m³/s). Nas condições atuais de gestão hídrica, a represa vem depreciando o percentual de sua capacidade volumétrica. Atualmente, Sobradinho está com 23,77% (na semana anterior estava com 23,84%). Portanto, uma diminuição de 0,07% em uma semana.
Francisco de Assis Pereira, membro do movimento Carta de Morrinhos, fez análise das vazões naturais médias das represas de Três Marias e Sobradinho, chegado à conclusão de que alcançamos o “fundo do buraco” (ver nos gráficos abaixo).
O percentual das capacidades dos reservatórios das regiões Centro Oeste/Sudeste (os mais importantes do País em termos de geração elétrica) caiu mais um pouco, estando atualmente em 20,95%17/10/2018. Na semana anterior era de 21,37% - 10/10/2018 (dados ONS). Caiu 0,42% em uma semana, e as tarifas de energia estão sendo cobradas fazendo-se uso da “bandeira vermelha”.
Na Paraíba, o abastecimento de água de Campina Grande voltou à normalidade, mesmo com a interrupção dos bombeamentos da Transposição em direção à represa de Boqueirão de Cabaceiras, devido à necessidade de reparos no Eixo Leste do Projeto. Os bombeamentos, no São Francisco, em direção a Boqueirão foram reiniciados, mas avazão está sendo insuficiente para o atendimento das demandas ao longo do trajeto até Campina Grande. As autoridades estão prevendo novos atrasos na chegada desses volumes. A represa de Boqueirão encontra-se, no momento, em processo de depreciação volumétrica, em consequência da diminuição da intensidade das chuvas na bacia do rio Paraíba e da insuficiência de vazões da Transposição para o interior da represa. Segundo a Aesa, na semana (19/10), o percentual volumétrico total da represa é de cerca de 26,76% (na semana anterior era de 27,00%). Portanto, houve uma queda percentual na sua capacidade de cerca de 0,24%, em uma semana. Quando descontados, daquele total, o percentual equivalente ao volume morto da represa (8,20%), Boqueirão totaliza um volume útil de apenas 18,56%. Um volume que preocupa para o atendimento das demandas hídricas de uma população estimada em cerca de 800 a um milhão de pessoas (a população de Campina Grande e mais 18 municípios de seu entorno. Prevendo a instabilidade volumétrica da represa de Boqueirão, o Dnocs interrompeu parcialmente a sua defluência, em direção à represa de Acauã, estando esta em cerca de 0,4 m³/s. Acauã encontra-se atualmente com percentual volumétrico total de cerca de 9,18% (19/10). Na semana anterior era de 9,27%. Houve, portanto, uma queda no percentual acumulado da represa de cerca de 0,09%, em uma semana. Quando descontados daquele total, o percentual equivalente ao seu volume morto (8,00%), Acauã perfaz um volume útil de apenas 1,18% (na semana anterior era de 1,27%), para o atendimento das demandas hídricas de 14 municípios do Estado.
Tendo em vista as instabilidades existentes nas afluências e defluências da represa de Boqueirão de Cabaceiras, cremos que é chegada a hora de o poder público paraibano adotar medidas restritivas de defluências, à represa de Acauã, bem como de iniciar campanha junto à população, visando à economia de água dos campinenses. Essas medidas são importantes para evitar a volta dos racionamentos em Campina Grande, e tentar impedir, a todo custo, que o reservatório de Boqueirão retorne ao regime de volume morto. Resultado de trabalho de pesquisa do Hospital Universitário de Campina Grande, na semana (20/09), deu conta de ter havido a possibilidade de influência da qualidade das águas de Boqueirão, na ocorrência de doenças gástricas na população campinense. Mesmo com a redução dos volumes de Boqueirão, Aesa garante que está tudo normalizado.
Em relação ao Eixo Norte do projeto, começou a fase de testes de bombeamento, tendo havido, na semana de 24/08, alguns vazamentos em alguns trechos do canal próximos a Salgueiro (PE), o que exigiu, do poder público, medidas para a solução do problema. Atualmente, os testes foram interrompidos e o projeto encontra-se paralisado naquele setor.
A exploração descontrolada das águas subterrâneas em aquíferos do Rio São Francisco (Urucuia e outros), bem como de usos indevidos de suas águas (furtos e desvios para outros fins) têm, também, interferido nas reduções volumétricas do rio, exigindo, por parte das autoridades, a realização de um estudo para melhor avaliação desses desequilíbrios hídricos, que tanto têm interferido na vida das populações do semiárido. Esse estudo comprovou que o Velho Chico perdeu volumes nos últimos anos. Houve, também, mudanças na proibição de retirada de água do Velho Chico para o agronegócio, às quartas-feiras. As retiradas passaram a ser quinzenais.
As vazões do Rio São Francisco no trecho até Sobradinho estão se estabilizando em volumes muito baixos. A seguir, são informados os volumes que fluíram nos postos de observações volumétricas existentes entre Três Marias e a foz do Velho Chico, na semana em curso (19/10). Na UHE de Três Marias, que na semana passada estava em 290 m³/s, nessa semana baixou para 289 m³/s. No posto de São Romão, que na semana anterior estava com 441 m³/s, na atual subiu para 469 m³/s; no de São Francisco, que na semana anterior estava com 375 m³/s, na atual permaneceu em 375 m³/s; no de Bom Jesus da Lapa, que na semana anterior estava com 479 m³/s, na atual subiu para 492 m³/s; no posto de Morpará, que na semana anterior estava com 487 m³/s, nessa semana subiu para 492 m³/s; no posto de Juazeiro, que na semana passada estava com 792 m³/s, na atual subiu para 802 m³/s e em Propriá, que na semana anterior estava com 647 m³/s, na atual subiu para 696 m³/s.
Abaixo, as informações dos postos de mensuração de vazões do rio, sob a responsabilidade da Chesf, a fim de que se tenha uma ideia dos volumes afluentes na represa de Sobradinho, nos próximos dias:
Dia 19/10: UHE Três Marias (controle das defluências de Três Marias) 289 m³/s; São Romão – 469 m³/s; São Francisco – 375 m³/s; Bom Jesus da Lapa – 492 m³/s e Morpará – 492 m³/s; Juazeiro (controle das defluências de Sobradinho) 802 m³/s; Propriá (controle das defluências de Xingó) 696 m³/s. (dados da Chesf)
Dia 15/10: UHE Três Marias (controle das defluências de Três Marias) 290 m³/s; São Romão – 441 m³/s; São Francisco – 375 m³/s; Bom Jesus da Lapa – 479 m³/s e Morpará – 487 m³/s; Juazeiro (controle das defluências de Sobradinho) 792 m³/s; Propriá (controle das defluências de Xingó) 647 m³/s. (dados da Chesf)
Dia 05/10: UHE Três Marias (controle das defluências de Três Marias) 288 m³/s; São Romão – 429 m³/s; São Francisco – 358 m³/s; Bom Jesus da Lapa – 516 m³/s e Morpará – 535 m³/s; Juazeiro (controle das defluências de Sobradinho) 797 m³/s; Propriá (controle das defluências de Xingó) 729 m³/s. (dados da Chesf)
Dia 28/09: UHE Três Marias (controle das defluências de Três Marias) 278 m³/s; São Romão – 479 m³/s; São Francisco – 454 m³/s; Bom Jesus da Lapa – 490 m³/s e Morpará – 492 m³/s; Juazeiro (controle das defluências de Sobradinho) 783 m³/s; Propriá (controle das defluências de Xingó) 718 m³/s. (dados da Chesf)
Dia 21/09: UHE Três Marias (controle das defluências de Três Marias) 276 m³/s; São Romão – 429 m³/s; São Francisco – 349 m³/s; Bom Jesus da Lapa – 468 m³/s e Morpará – 483 m³/s; Juazeiro (controle das defluências de Sobradinho) 774 m³/s; Propriá (controle das defluências de Xingó) 701 m³/s. (dados da Chesf)
Dia 14/09: UHE Três Marias (controle das defluências de Três Marias) 275 m³/s; São Romão – 410 m³/s; São Francisco – 337 m³/s; Bom Jesus da Lapa – 476 m³/s e Morpará – 531 m³/s; Juazeiro (controle das defluências de Sobradinho) 730 m³/s; Propriá (controle das defluências de Xingó) 718 m³/s. (dados da Chesf)
Dia 10/09: UHE Três Marias (controle das defluências de Três Marias) 268 m³/s; São Romão – 414 m³/s; São Francisco – 341 m³/s; Bom Jesus da Lapa – 487 m³/s e Morpará – 505 m³/s; Juazeiro (controle das defluências de Sobradinho) 747 m³/s; Propriá (controle das defluências de Xingó) 679 m³/s. (dados da Chesf)
Dia 31/08: UHE Três Marias (controle das defluências de Três Marias) 267 m³/s; São Romão – 425 m³/s; São Francisco – 366 m³/s; Bom Jesus da Lapa – 505 m³/s e Morpará – 531 m³/s; Juazeiro (controle das defluências de Sobradinho) 721 m³/s; Propriá (controle das defluências de Xingó) 704 m³/s. (dados da Chesf)
Dia 24/08: UHE Três Marias (controle das defluências de Três Marias) 266 m³/s; São Romão – 429 m³/s; São Francisco – 380 m³/s; Bom Jesus da Lapa – 520 m³/s e Morpará – 544 m³/s; Juazeiro (controle das defluências de Sobradinho) 721 m³/s; Propriá (controle das defluências de Xingó) 679 m³/s. (dados da Chesf) 
Dia 17/08: UHE Três Marias (controle das defluências de Três Marias) 270 m³/s; São Romão – 445 m³/s; São Francisco – 403 m³/s; Bom Jesus da Lapa – 509 m³/s e Morpará – 523 m³/s; Juazeiro (controle das defluências de Sobradinho) 712 m³/s; Propriá (controle das defluências de Xingó) 701 m³/s. (dados da Chesf) 
Dia 10/08: UHE Três Marias (controle das defluências de Três Marias) 269 m³/s; São Romão – 429 m³/s; São Francisco – 371 m³/s; Bom Jesus da Lapa – 501 m³/s e Morpará – 531 m³/s; Juazeiro (controle das defluências de Sobradinho) 712 m³/s; Propriá (controle das defluências de Xingó) 712 m³/s. (dados da Chesf) 
Dia 03/08: UHE Três Marias (controle das defluências de Três Marias) 267 m³/s; São Romão – 425 m³/s; São Francisco – 366 m³/s; Bom Jesus da Lapa – 505 m³/s e Morpará – 531 m³/s; Juazeiro (controle das defluências de Sobradinho) 721 m³/s; Propriá (controle das defluências de Xingó) 696 m³/s. (dados da Chesf) 
Dia 27/07: UHE Três Marias (controle das defluências de Três Marias) 248 m³/s; São Romão – 421 m³/s; São Francisco – 366 m³/s; Bom Jesus da Lapa – 505 m³/s e Morpará – 531 m³/s; Juazeiro (controle das defluências de Sobradinho) 721 m³/s; Propriá (controle das defluências de Xingó) 688 m³/s. (dados da Chesf) 
Dia 23/07: São Romão – 421 m³/s; São Francisco – 366 m³/s; Bom Jesus da Lapa – 512 m³/s e Morpará – 538 m³/s. (dados da Chesf) 
Dia 13/07: São Romão – 410 m³/s; São Francisco – 349 m³/s; Bom Jesus da Lapa – 505 m³/s e Morpará – 538 m³/s. (dados da Chesf) 
Dia 06/07: São Romão – 414 m³/s; São Francisco – 364 m³/s; Bom Jesus da Lapa – 516 m³/s e Morpará – 540 m³/s. (dados da Chesf) 
Dia 29/06: São Romão – 417 m³/s; São Francisco – 366 m³/s; Bom Jesus da Lapa – 501 m³/s e Morpará – 546 m³/s. (dados da Chesf) 
Dia 25/06: São Romão – 406 m³/s; São Francisco – 358 m³/s; Bom Jesus da Lapa – 512 m³/s e Morpará – 546 m³/s. (dados da Chesf) 
Dia 15/06: São Romão – 417 m³/s; São Francisco – 384 m³/s; Bom Jesus da Lapa – 535 m³/s e Morpará – 569 m³/s. (dados da Chesf) 
Dia 08/06: São Romão – 429 m³/s; São Francisco – 403 m³/s; Bom Jesus da Lapa – 542 m³/s e Morpará – 573 m³/s. (dados da Chesf) 
Dia 04/06: São Romão – 417 m³/s; São Francisco – 393 m³/s; Bom Jesus da Lapa – 557 m³/s e Morpará – 594 m³/s. (dados da Chesf) 
Dia 25/05: São Romão – 429 m³/s; São Francisco – 440 m³/s; Bom Jesus da Lapa – 501 m³/s e Morpará – 546 m³/s. (dados da Chesf) 
Dia 18/05: São Romão – 373 m³/s; São Francisco – 341 m³/s; Bom Jesus da Lapa – 432 m³/s e Morpará – 554 m³/s. (dados da Chesf) 
Dia 11/05: São Romão – 359 m³/s; São Francisco – 316 m³/s; Bom Jesus da Lapa – 542 m³/s e Morpará – 610 m³/s. (dados da Chesf) 
Dia 04/05: São Romão – 387 m³/s; São Francisco – 403 m³/s; Bom Jesus da Lapa – 609 m³/s e Morpará – 680 m³/s. (dados da Chesf) 
Dia 27/04: São Romão – 441 m³/s; São Francisco – 502 m³/s; Bom Jesus da Lapa – 739 m³/s e Morpará – 890 m³/s. (dados da Chesf) 
Comportamento das vazões do Rio São Francisco, nos postos de observação de São Romão, São Francisco, Bom Jesus da Lapa e Morpará, de novembro de 2017 a abril de 2018.
Comportamento das vazões do Rio São Francisco, nos postos de observação de São Romão, São Francisco, Bom Jesus da Lapa e Morpará, de maio de 2017 a outubro de 2017.
Comportamento das vazões do Rio São Francisco, nos postos de observação de São Romão, São Francisco, Bom Jesus da Lapa e Morpará, de novembro de 2016 a abril de 2017.
Comportamento das vazões do Rio São Francisco, nos postos de observação de São Romão, São Francisco, Bom Jesus da Lapa e Morpará, de junho a outubro de 2016.
Comportamento das vazões do Rio São Francisco, nos postos de observação de São Romão, São Francisco, Bom Jesus da Lapa e Morpará, de fevereiro a maio de 2016.
Comportamento das vazões do Rio São Francisco ao longo dos anos
2012
2013
2014
2015
2016
2017
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Parece que estamos num fundo de buraco

Francisco de Assis Pereira (Pereira Bode Velho) – Membro do movimento Carta de Morrinhos – 17/10/2018
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