Vazão de Sobradinho é reduzia para 550 m³/s e Chesf diz que abastecimento humano é prioridade (Março 2018)

A vazão do Lago de Sobradinho, no norte da Bahia, foi reduzida para 550 metros cúbicos de água por segundo (m³/s), segundo informou a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf). “A prioridade do Rio São Francisco não vem sendo a geração de energia, mas o abastecimento humano, os usos múltiplos da água. É importante que esse caminho que está sendo construído respeite as outorgas concedidas”, disse João Henrique Franklin, diretor de Operação da Chesf, em palestra realizada no Workshop de Energia, realizado pela Fiesp, em São Paulo, na última quarta-feira (7).
O diretor afirmou que cada redução de vazão é concedida a partir de uma série de condicionantes ambientais que não têm cobertura de receita e ainda geram demandas judiciais por parte de múltiplos usuários do rio.
A geração de energia pelas usinas hidrelétricas da Chesf foi reduzida nos últimos cinco anos em até 71% devido à crise na Bacia Hidrográfica do Velho Chico. Atualmente as hidrelétricas estão atendendo apenas 15% da carga do Nordeste. Não há, entretanto, risco de desabastecimento energético, por conta da geração térmica, eólica e o intercâmbio de energia com outras regiões pelo Sistema Interligado Nacional. A Chesf tem nove usinas no Rio São Francisco.
De acordo com a Chesf, o reservatório Sobradinho, no último dia 7, estava com 23,6% de volume útil, apresentando sensível melhora nas últimas semanas – em fevereiro, chegou a 13%. Não há previsão de aumento de vazão, embora tenha havido chuvas no Rio São Francisco nas últimas semanas.
João Henrique Franklin disse que a Companhia vem absorvendo competências, com custos associados, que não estão contemplados na sua receita, acrescentou. Por isso, foi solicitado à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para que a Receita Anual de Geração (RAG) contemple também os custos relacionais a melhoria e às exigências ambientais por conta da crise.
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