A transposição do Rio São Francisco: águas e falácias do desenvolvimento (Abril 2017)
Confira a palestra de Ruben Siqueira, da coordenação nacional da CPT, proferida no seminário “Rio São Francisco: margens em tensão – transposição, (in)justiças e territorialidades”, realizado em Recife (PE), no Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães , pela Fiocruz, no dia 28 de março último.
Ruben Siqueira[1]
“Quem na beira do Rio São Francisco viver,
rico não há de ser, de fome e sede não há de morrer
e mais de uma camisa não há de ter.”
(Dito popular ribeirinho)
Bom dia! Por primeiro, é necessário registrar a importância deste evento, pelo teor crítico do tema e pelo lugar onde se dá – a Fiocruz, órgão oficial do Ministério da Saúde, renomado pela seriedade e pelas contribuições já dadas à saúde coletiva e pública. São da mais alta relevância seu interesse e pesquisas já realizadas sobre os impactos da Transposição (TSF) de águas do Rio São Francisco (SF) para o Nordeste chamado Setentrional sobre o meio-ambiente e a vida das comunidades, não só no percurso das obras, como também em todo o Semiárido e em todo o SF. Já aí um ponto de vista inovador, na melhor tradição desta casa. Como também, na mesma linha, o portal Beiras d’Água que está aqui sendo lançado. Iniciativas criadoras, quanto mais é este da transposição um debate hoje interditado, mesmo à esquerda.
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