Ir direto para menu de acessibilidade.
Início do conteúdo da página

Plantas Xerófilas

Publicado: Sexta, 03 de Março de 2017, 08h01 | Acessos: 10108

:: Pesquisa comprova potencial do licuri para combater Aedes(Julho 2017)

Com base em pesquisa da qual também participa a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o Instituto Nacional do Semiárido (Insa), de Campina Grande, anunciou nesta segunda-feira (3) que o licuri (ou ouricuri), planta da caatinga nordestina, tem potencial biopesticida relevante para eliminar o Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.

Leia o artigo completo aqui!

 

:: Umbu, a árvore sagrada do sertão (Julho 2017)

O umbuzeiro ou imbuzeiro (Brazilian plum para povos de língua inglesa) - Spondias tuberosa, L., Dicotyledoneae, Anacardiaceae - é originário dos chapadões semi-áridos do Nordeste brasileiro; nas regiões do Agreste (Piauí), Cariris (Paraíba), Caatinga (Pernambuco e Bahia) a planta encontrou boas condições para seu desenvolvimento encontrando-se, em maior número, nos Cariris Velhos. E encontrado vegetando desde o Piauí à Bahia e até norte de Minas Gerais.

No Brasil colonial era chamado de ambu, imbu, ombu, corrutelas da palavra tupi-guarani "y-mb-u", que significava "árvore-que-dá-de-beber". Pela importância de suas raízes foi chamada "árvore sagrada do Sertão" por Euclídes da Cunha.

Leia o artigo completo aqui!

 

:: Pesquisadores de Alagoas criam sistema para monitorar vegetação da Caatinga (Junho 2017)

 

Um sistema que permite o acesso a informações do ecossistema da Caatinga e também dos padrões de precipitações, considerados fundamentais para a atividade de agricultura familiar. Batizado de SimaCaatinga, o sistema está sendo considerado um importante aliado para o fortalecimento das atividades realizadas no semiárido brasileiro onde vivem mais de 23 milhões de habitantes.

A plataforma foi desenvolvida por equipes do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélite (Lapis), da Universidade Federal de Alagoas em parceria com o Instituto Nacional do Semiárido (Insa/ MCTIC) e encontra-se instalada no Instituto de Ciências Atmosféricas (Icat), no Campus A. C. Simões, da Ufal.

A coordenação do sistema está a cargo do professor Humberto Barbosa que explica que o SimaCaatinga foi concebido para o monitoramento e alerta da cobertura vegetal da caatinga utilizando imagens de satélite. Também serve como suporte para a comunidade científica que desenvolve estudos sobre a caatinga. A recém-criada plataforma permite monitorar as condições de seca e desertificação e gera mapas para cada mês.

Humberto destaca que o monitoramento e alerta da cobertura vegetal são fundamentais no sentido de diminuir a vulnerabilidade do pequeno produtor rural que depende de informações sistematizadas, sobretudo para o plantio e para o cultivo de sequeiro. Permitem subsidiar a agricultura familiar, diminuindo a escassez de informações sistematizadas para os 1.135 municípios do Semiárido brasileiro.

Clique aqui para ler o artigo completo!

:: Algumas espécies de Plantas Xerófilas (Junho 2017)

Clique aqui para ver a lista de plantas xerófilas!

:: Árvore do umbuzeiro é tema de novo livro lançado pela Embrapa(Junho 2017)

De copa robusta, frutos saborosos e com uma resistência que o torna capaz de florir e produzir mesmo após longos meses sem chuva, o umbuzeiro é uma das árvores que simboliza a biodiversidade do Bioma Caatinga. Por sua importância e seus diversos usos pelo povo sertanejo, há 30 anos ele vem sendo estudado por pesquisadores da Embrapa Semiárido, o que resultou na publicação de um livro inteiramente dedicado a essa planta.

A obra Umbuzeiro: Avanços e Perspectivas foi lançada durante a abertura do I Simpósio do Bioma Caatinga, realizado entre os dias 7 e 9 de junho de 2016, na Embrapa Semiárido, em Petrolina-PE. O livro conta com a contribuição de quase 20 autores, que tratam dos mais diferentes aspectos relacionados à planta, tendo como editores os pesquisadores Marcos Antônio Drumond, Saulo de Tarso Aidar, Clóvis Eduardo de Souza Nascimento e Visêldo Ribeiro de Oliveira.

Leia o artigo completo aqui!

:: Programa “Um Pé de Quê?” sobre a Umburana de Cambão (Commiphora leptophloeos)(Junho 2017)

Assista ao documentário aqui!


:: Algodão produzido na Paraíba é destaque em evento no Peru (Maio 2017)

Modelos de resgate da cadeia produtiva e produção de algodão sustentável implantados no estado vai ajudar o fortalecimento do setor peruano

A produção de algodão da Paraíba será um dos temas discutidos em evento que acontece entre 29 de maio e 2 de junho no Peru. Os modelos de resgate da cadeia produtiva e produção de algodão sustentável no estado vai ajudar o fortalecimento do setor peruano, por meio do Projeto de Cooperação Sul-Sul trilateral, firmado entre Brasil, FAO e membros do Mercosul. 

Leia o artigo completo aqui!


:: Festival do Umbu oferece minicursos e palestras para agricultores, em Sumé (Maio 2017)


Tem início nesta quinta-feira (18), o 7º Festival do Umbu, um evento realizado pela Escola Agrotécnica Deputado Evaldo Gonçalves de Queiroz e Prefeitura de Sumé, este ano com o patrocínio do Banco do Nordeste do Brasil e do Governo Federal.

A abertura será às 16h, no auditório do CDSA, com uma palestra sobre os umbuzeiros de Sumé com o professor Drº Daniel Duarte. Também haverá apresentações culturais e exposição com produtos derivados do umbu. 

Leia o artigo completo aqui!


:: O CAPIM-BÚFEL: UTILIDADE E MANEJO DE UMA GRAMÍNEA PROMISSORA (Abril 2017)

O livro apresentado pelo Engenheiro Ricardo Ayerza nos presenteia com informação abundante sobre um dos exemplos mais chamativos deste tipo de conquistas biológicas, que permitem transformar a fisionomia produtiva de vastas regiões. O capim Búfel está sendo difundido com extraordinária rapidez em diversas regiões áridas do mundo, permitindo incorporar um aproveitamento pecuário rentável onde nunca havia sido possível fazê-lo. Parcelas deste pasto são capazes de alimentar mais de uma cabeça, por hectare por ano, produzindo mais de 100 kg de carne, em campos que necessitavam de 10 a 20 hectares para atender uma cabeça, antes dessa incorporação. Regiões bastante extensas nas localizações mais diversas estão presenciando uma verdadeira revolução em sua aptidão produtiva, graças a este elemento biológico.  

A informação apresentada pelo Engenheiro Ayerza, resumo de sua experiência muito ampla e de suas visitas a diversos países, resultará em interesse para todos os estudiosos do tema e contribuirá seguramente para um mais rápido e amplo conhecimento do Búfel e uma aceleração dos experimentos que levaram a sua generalização. Milhões de hectares do Chaco Seco em várias províncias argentinas, Bolívia e Paraguai se beneficiaram assim, com um instrumento utilíssimo para impulsionar o desenvolvimento da pecuária e transformá-las de semi-desertas em regiões conquistadas para a civilização.

Leia o artigo completo aqui!

 

:: Vídeo: inventário de plantas medicinais da Caatinga(Abril 2017)

Links do Youtube: https://youtu.be/MIhlypHTy6A


:: Seca prolongada exige estratégias de convivência, alertam pesquisadores do Insa (Abril 2017)

Pesquisadores do Instituto Nacional do Semiárido (Insa), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), alertam para o agravamento da estiagem caso seja confirmada a ocorrência do fenômeno El Niño em 2017. Os modelos oceânicos analisados pelos principais centros de meteorologia do mundo apontam a possibilidade de o El Niño influenciar negativamente o regime de chuvas no Nordeste brasileiro. A seca no semiárido já dura seis anos e atinge a maior parte da região, de acordo com o mapa de monitoramento do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites da Universidade Federal de Alagoas (Lapis/Ufal) em parceria com o Insa. 

Leia o artigo completo aqui!

:: OPÇÕES NO USO DE FORRAGEIRAS ARBUSTIVO-ARBÓREAS NA ALIMENTAÇÃO ANIMAL NO SEMI-ÁRIDO DO NORDESTE (Abril 2017) 

Gherman Garcia L. de Araújo, Severino G. de Albuquerque, Clóvis Guimarães Filho - Pesquisadores da Embrapa Semi-Árido - Caixa Postal 23. 56300-970 - Petrolina, PE

INTRODUÇÃO

A pecuária tem se constituído, ao longo tempo, em função das condições edafo-climáticas desfavoráveis, na atividade básica das populações rurais distribuídas nos 95 milhões de hectares da região semi-árida nordestina. As lavouras tem sido consideradas apenas como um sub-componente inexpressivo dos sistemas de produção predominantes, face a sua maior vulnerabilidade as limitações ambientais. O rebanho nordestino, embora expressivo (25,9 milhões de bovinos, 10,4 milhões de caprinos e 7,5 milhões de ovinos), segundo o IBGE (1991), apresenta níveis de produtividade bastante baixos. Guimarães Filho e Soares (1992) citam para bovinos sob sistema tradicional de caatinga, índices anuais de parição em torno de 40%, taxas de mortalidade de bezerros acima de 15% e peso vivo médio ao abate de 340 kg, aos 4 -5 anos de idade. Para caprinos, os números são também indicadores de um pobre desempenho.

Leia o artigo completo aqui!


:: Plantio e uso da palma forrageira na alimentação de bovinos leiteiros no semiárido brasileiro (Abril 2017)

André Luis Alves Neves
Luiz Gustavo Ribeiro Pereira
Rafael Dantas dos Santos
Tadeu Vinhas Voltolini
Gherman Garcia Leal de Araújo
Salete Alves de Moraes
Alex Santos Lustosa de Aragão
Cleber Thiago Ferreira Costa

Introdução
A bovinocultura leiteira é uma atividade fundamental para o desenvolvimento social e econômico do semiárido brasileiro. No entanto, essa região passa anualmente por prolongadas secas com escassez de forragens na maior parte do ano, comprometendo assim o desempenho dos animais e até mesmo a viabilidade dos empreendimentos rurais.

Esse período é caracterizado pela sazonalidade, que afeta diretamente os produtores pela redução de sua receita na época da entressafra devido à queda do volume de leite, ao mesmo tempo em que eleva os custos de produção, seja pela necessidade de oferecer ao gado volumoso suplementar, seja pelo maior uso de concentrados e o maior gasto com mão-de-obra (ZOCCAL & CARNEIRO, 2008). 

Considerando que a alimentação representa de 40 a 60% das despesas do setor de produção de leite, uma opção viável para enfrentar estas limitações, seria o uso de alternativas forrageiras adaptadas às condições semiáridas, como a palma.

Leia o artigo completo aqui! 


:: O cultivo da Palma adensada é apresentado na 51ª Exposição Nacional de Vitória da Conquista (BA) (Março 2017)

Na manhã desta quinta-feira, no auditório da Coopmac, o maior especialista em palma forrageira do Brasil, o engenheiro agrônomo Paulo Suassuna apresenta aos produtores rurais participantes da 51ª Exposição Nacional do Agronegócio de Conquista a tecnologia de plantio e aproveitamento da palma forrageira como alimentação de animais, como bovinos e caprinos. A escolha do tema e do especialista está relacionada com o atual momento da região, que atravessa um prolongado período de estiagem e a agropecuária sofre com uma das piores secas em cem anos.

Leia o artigo completo aqui!

:: Sistema de produção apropriado ao Semiárido brasileiro

Fazenda Carnaúba - Taperoá (PB).

Iniciando a ensilgem . Colhemos capim buffel e várias forrageiras nativas que nascem no meio do pasto . Essa técnica permite estocar ração e limpar a pastagem ao mesmo tempo . Não é um silo convencional com milho ou sorgo como a maioria está acostumada , mas é o que é possível ser produzido aqui . Em janeiro postamos as fotos do capim já vigoroso enquanto vários produtores insistiam no plantio do milho ; O resultado foi que em fevereiro estiou e o milho está comprometido , enquanto o capim buffel nos permite colher e esperar por chuvas em março para possivelmente termos uma segunda colheita . A vocação do semi árido é pecuária e não a produção de grãos , em locais onde a irrigação é possível , menos de 3% da área , a produção é de frutas .

 

::Palma Forrageira: um adensamento providencial, artigo de João Suassuna

http://www.ecodebate.com.br/2014/06/03/palma-forrageira-um-adensamento-providencial-artigo-de-joao-suassuna/

 

[EcoDebate] As espécies Opuntia fícus indica e Nopalea cochenilifera representam, botanicamente, as variedades, Palma Gigante e a Miúda, respectivamente. Essas xerófilas vêm salvando a pecuária do Semiárido nordestino, quando da ocorrência das secas que assolam a região. No início dos anos 2000, o ex-deputado pernambucano, Ricardo Fiúza, preocupado com a alimentação da pecuária do Estado de Pernambuco, viajou para o México e Estados Unidos, para conhecer, naqueles países, a produção de Palma Forrageira plantada de forma adensada. O parlamentar queria encontrar formas de potencializar, em volumes, a comida dos grandes ruminantes em Pernambuco, principalmente os criados em regime de confinamento.

Levou consigo nessa viagem, o engenheiro agrônomo Paulo Suassuna e o zootecnista Alberto Suassuna, que já vinham trabalhando com a cultura da Palma no Nordeste seco. A viagem foi revestida de grande êxito, pois veio a capacitar os referidos técnicos, em uma nova forma de plantar a distinta xerófila no Semiárido brasileiro. Paulo e Alberto ao regressarem ao Brasil, conseguiram localizar e adaptar, para as condições semiáridas nordestinas, todo o processo de plantio adensado que haviam observado no exterior e alcançar, nos plantios brasileiros, as produtividades que estavam sendo obtidas no estrangeiro. Na ocasião, a Palma alcançava, no Nordeste, uma produtividade média em torno de 50 toneladas por hectare, e passou a produzir, adotando-se as novas técnicas de plantio, cerca de 400 toneladas/ha. Um ganho volumétrico fantástico, se levada em consideração a importância da cactácea no arraçoamento dos animais em períodos de estiagem.

Absorvidas as novas técnicas de plantio, os técnicos passaram a localizá-las e adaptá-las à região semiárida brasileira, iniciando suas ações no sertão do Estado de Pernambuco, o qual passou a produzir a cactácea em quantidades suficientes, enchendo de alegria os produtores rurais, ao verem, em um único hectare de suas propriedades, o plantio alcançar cerca de 400 toneladas, volume de biomassa suficiente para alimentar, por exemplo, e de forma sustentável, 200 carneiros. Um fato inédito, que veio a contribuir para a solução das mazelas trazidas pelas secas recorrentes no semiárido pernambucano.

No desenrolar dos trabalhos em Pernambuco, no entanto, algo curioso e inédito ocorreu: as autoridades responsáveis pelo setor agropecuário do Estado foram, gradativamente, perdendo o interesse pela nova técnica de plantio da Palma Forrageira. Uma atitude sugestiva de inveja começou a surgir entre os dirigentes pernambucanos desse setor, que viam na projeção dos técnicos, nos noticiários televisivos do País, difundindo a nova tecnologia de plantio, um complicador para a divulgação de suas imagens (dos dirigentes), como reais responsáveis pelo aumento da produtividade da cultura da Palma no Estado de Pernambuco. Passaram a fugir da Palma, como o diabo foge da cruz. A partir daí, o agrônomo Paulo Suassuna não teve mais espaços de trabalho nesse Estado, seguindo sua vida à procura de outras regiões áridas do Nordeste que tivessem interesse em absorver sua nova técnica de plantio, o mesmo ocorrendo com o zootecnista Alberto Suassuna.

Após o fiasco político havido nas ações de adensamento da cactácea em Pernambuco, Paulo Suassuna procedeu a igual investida no Estado da Paraíba, onde apresentou seu projeto para as autoridades locais, obtendo boa receptividade. Após ter implantado alguns projetos adensados, com o igual êxito obtido em Pernambuco, para surpresa do técnico, idêntico fato de inveja, das autoridades, voltou a ocorrer. A Paraíba também não apoiou os esforços do Agrônomo, na sua luta incansável de demonstração da viabilidade de plantio da Palma adensada, como sistema salvador da pecuária nordestina. Um fato político triste e realmente lamentável para a pecuária paraibana, e por que não dizer da pecuária do Nordeste como um todo.

Mas as notícias de sucesso dessa nova técnica de plantio adensado da Palma, oriundas das experiências havidas nos estados da Paraíba e de Pernambuco, embora tenham ocorrido em curto espaço de tempo, começaram a circular e a despertar o interesse de outras regiões secas do Nordeste. Paulo Suassuna começou, então, a cumprir uma extensa agenda de palestras e viagens, no país e no exterior, difundindo a nova técnica de plantio da cultura por ele localizada e adaptada. Dessa feita, o Estado de Sergipe, através do Sebrae local, convidou o agrônomo para uma apresentação em Aracaju. A explanação do técnico foi revestida de sucesso absoluto. Paulo Suassuna optou, então por residir naquele Estado que carinhosamente o acolheu, passando a elaborar planos e metas para a difusão da forrageira, dessa feita na região semiárida sergipana.

Com esse gesto de acolhimento técnico, as autoridades do setor agropecuário de Sergipe demonstraram uma forma de tratamento completamente diverso daquelas demonstradas pelos estados da Paraíba e de Pernambuco. Não faltaram ao agrônomo, o respaldo e o incentivo institucionais necessários aos trabalhos desenvolvidos no campo. Tanto isso é verdade, que os índices de produtividade, no Estado de Sergipe, alcançaram os valores mais elevados do planeta. Para se ter ideia desse fato, o Rancho Flora, no município de Canindé do São Francisco (SE), pertencente a Magno José de Melo (Nininho das Cabras), tornou-se o campeão mundial em termos de produtividade com a referida cultura, chegando a alcançar 732 toneladas em um único hectare. Um ganho fantástico, que bem exemplifica os cuidados adotados pelo produtor, que soube absorver, com a devida maestria, os novos ensinamentos técnicos, através dos indispensáveis apoios institucionais proporcionados pelo Sebrae-SE.

Atualmente, Paulo Suassuna está desenvolvendo vários projetos em Sergipe, com previsão, até 2020, de continuar obtendo produtividades, nos plantios adensados, superiores a 400 toneladas/ha.

A Cochonilha do Carmim

Um fato digno de nota, nesse relato, diz respeito aos ataques severos da Cochonilha do Carmim (Dactylopius coccus), realizados nos palmais da região Setentrional nordestina. Esse inseto, praticamente aniquilou os palmais da região, trazendo prejuízos e desespero ao produtor, bem como uma nova realidade para ao setor agropecuário regional: juntamente com o fenômeno recorrente das secas, o ataque da Cochonilha do Carmim trouxe o perigo da inviabilização da criação do gado bovino nos limites do Nordeste seco.

No Semiárido sergipano, os problemas de ataques de cochonilhas existem, mas com outra espécie do inseto. Em Sergipe, os ataques, realizados pela Cochonilha de Escamas (Diaspis echinocacti), quando comparados aos da Cochonilha do Carmim, são menos danosos para os palmais. Em tais caso, os controles desses insetos não mais fáceis de serem realizados, tornando-se uma praga com reais possibilidades de convivência, sem a preocupação com a severidade dos danos causados pela Cochonilha do Carmim.

As dificuldades atuais de se combater o inseto por vias químicas (uso de defensivos), motivou Paulo Suassuna, à implantação, acompanhado de um sócio (pessoa física), no município de Juazeirinho (PB), zona de ocorrência da Cochonilha do Carmim, do maior banco de germoplasma da cultura da Palma do país. São 160 variedades que estão sendo testadas e observadas, para se saber de suas resistências aos ataques desses insetos. Essa experiência está se revestindo de grande êxito, tendo em vista ser, a variedade resistente, uma das poucas alternativas de solução que se tem atualmente encontrado para esse grave problema, tendo em vista a proibição, pelo Ministério da Agricultura, do uso de defensivos agrícolas, nos ataques verificados na cultura da Palma Forrageira no Semiárido nordestino.

Novos Projetos de plantios adensados

Os ciclos secos que o Nordeste brasileiro vem apresentando (2011, 2012, 2013 e parte de 2014 foram secos), com os ataques severos da Cochonilha do Carmim, foram fatores que resultaram em panoramas sombrios para a agropecuária regional. Estima-se, por exemplo, que a pecuária paraibana, em 2013, tenha sofrido uma diminuição em cerca de 70% do efetivo dos animais, devido à morte por inanição (fome e sede), ou mesmo pela venda destes, antes de sucumbirem ao flagelo. Para a reversão desse quadro, as novas técnicas de plantio da Palma, bem como a identificação de variedades resistentes ao ataque da Cochonilha, poderão se traduzir em soluções promissoras e bem-vindas.

Recentemente, em visita à região dos Cariris Velhos da Paraíba, especificamente no município de Taperoá, tive o privilégio de conhecer um trabalho de adensamento de Palma Forrageira (Opuntia) implantado na fazenda Pau Leite, de propriedade de Manelito Dantas Vilar. Foram plantados 4,2 ha de palma, para a obtenção de material (sementes) necessário à expansão da cultura em uma área de plantio adensado, de cerca de 30 ha. A ideia, nessa nova área, é a de possibilitar a criação, de forma sustentável, de cerca de 1000 cabeças de gado bovino em regime de lactação. Uma meta com possibilidades reais de ser atingida, que poderá fazer com que, uma única propriedade paraibana, venha a dar o exemplo de que é possível reverter o quadro sombrio no qual se encontra a Agropecuária do Estado, bastando, para tanto, o uso das técnicas adequadas de convivência com as secas, que estão atualmente em vigor, sendo uma delas o plantio adensado da palma forrageira.

Por ser uma área plantada (4,2 ha), com vistas à obtenção de sementes (raquetes), para a ampliação de futuras áreas, o plantio foi realizado fazendo-se o uso da irrigação por aspersão.

Para o plantio, as raquetes das palmas foram subdivididas em 110.000 pequenos retângulos (propágulos), número suficiente para se plantar 1 ha, adotando-se a nova técnica de adensamento.

Devido à grande competição reinante no plantio adensado, foram feitas as análises de solos antes do plantio, com vistas a se proceder a correta e necessária adubação da área.

O método de plantio adensado, em regime de sequeiro, foi orçado, na fazenda Pau Leite, em cerca de R$ 13 mil o hectare. Como a área está sendo irrigada, o custo do plantio, nessas condições, subiu para R$ 15 mil/ha.

Como a área do Pau Leite é susceptível aos ataques severos da Cochonilha do Carmim, e a variedade da cultura escolhida para o plantio (Opuntia) é igualmente susceptível a esses ataques, os técnicos responsáveis pelo palmal, optaram pela articulação constante com os centros de pesquisas da Paraíba, bem como as universidades locais, no sentido de obterem informações que venham proporcionar a condução da cultura da Palma de forma a mais segura possível, e dentro dos parâmetros esperados para o alcance dos objetivos.

Recife, 30/05/2014
 

Sobre o assunto:

TECNOLOGIA DO CULTIVO INTENSIVO DA PALMA: um projeto promissor 

http://remabrasil.org:8080/virtual/r/remaatlantico.org/sul/Members/suassuna/projetos/tecnologia-do-cultivo-intensivo-da-palma/view 

O Sebrae inova no Semiárido sergipano, com o plantio da Palma adensada. 

http://remabrasil.org:8080/virtual/r/remaatlantico.org/sul/Members/suassuna/projetos/o-sebrae-inova-no-semiarido-sergipano-com-o-plantio-da-palma-adensada/view 

Palma Forrageira: Consultor do Sebrae recebe homenagem de universidade 

http://remabrasil.org:8080/virtual/r/remaatlantico.org/sul/Members/suassuna/campanhas/palma-forrageira-consultor-do-sebrae-recebe-homenagem-de-universidade/view 

Agricultor em Sergipe bate recorde na produtividade de palma 

http://remabrasil.org:8080/virtual/r/remaatlantico.org/sul/Members/suassuna/campanhas/agricultor-em-sergipe-bate-recorde-na-produtividade-de-palma/view 

Especialista propõe novos usos econômicos para a palma nordestina 

http://remabrasil.org:8080/virtual/r/remaatlantico.org/sul/Members/suassuna/campanhas/especialista-propoe-novos-usos-economicos-para-a-palma-nordestina/view 

Cultivo da palma em Sergipe desperta atenção de africanos 

http://remabrasil.org:8080/virtual/r/remaatlantico.org/sul/Members/suassuna/campanhas/cultivo-da-palma-em-sergipe-desperta-atencao-de-africanos/view

* João Suassuna – Eng° Agrônomo e Pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco

 

::BNTVSE ENTREVISTA PAULO SUASSUNA PROJETO PALMA PARA SERGIPE 1 

 

Saiba mais sobre os assuntos no seguinte endereço eletrônico: http://www.suassuna.net.br/

 

registrado em: ,
Fim do conteúdo da página

Nós usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação no portal. Ao utilizar o fundaj.gov.br, você concorda com a política de monitoramento de cookies. Para ter mais informações sobre como isso é feito, acesse Política de privacidade. Se você concorda, clique em ACEITO.